Internacional
Morte de DJ raptada pelo Hamas foi comprovada por DNA de crânio; corpo segue desaparecido
Família de Shani Louk acredita que ela já estivesse morta quando foi colocada em caminhonete e carregada por terroristas até Gaza
Shani Louk, uma DJ germano-israelense sequestrada por terroristas do Hamas enquanto participava de um festival de música em 7 de outubro, provavelmente foi morta antes de ser levada para Gaza, acredita sua família. Ruthi Louk, tia da jovem, disse a uma rádio israelense que um fragmento do crânio de Louk foi recolhido no local da rave por trabalhadores da Zaka, uma organização de ajuda humanitária que recuperou evidências forenses após o ataque do Hamas. O Ministério das Relações Exteriores de Israel confirmou a morte da artista numa postagem no X (antigo Twitter).
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O "Wall Street Journal" noticiou que especialistas analisaram o material genético do crânio e comprovaram ser de Shani Louk. De acordo com o jornal Haaretz, o Instituto Nacional de Medicina Forense identificou o osso como sendo da base do crânio da jovem e disse que o fragmento indicava um ferimento ao qual ela não poderia ter sobrevivido. O corpo da DJ não foi localizado, até o momento, segundo a imprensa internacional.
Pouco depois de 7 de outubro, o Hamas divulgou um vídeo de uma mulher deitada de bruços e seminua na traseira de uma caminhonete em Gaza. A mãe de Louk disse acreditar que era sua filha, com base nos dreadlocks e nas tatuagens característicos da DJ.
— Presume-se que ela foi arrastada para aquela caminhonete depois de já estar morta — disse sua tia Ruthi Louk a uma rádio israelense. — Talvez possa haver conforto ao pensar que ela morreu rapidamente e que o abuso contra seu corpo talvez tenha ocorrido quando ela já havia partido.
Ao jornal alemão Bild, o presidente de Israel, Yitzchak Herzog, afirmou que autoridades israelenses encontraram o crânio da jovem, o que, para ele, indica que a DJ tenha sido decapitada por integrantes do Hamas.
— Lamento informar que recebemos agora a notícia de que Shani Nicole Louk foi confirmada como assassinada, e o crânio dela foi encontrado — afirmou Herzog ao Bild. — Isto significa que estes animais bárbaros e sádicos simplesmente cortaram a sua cabeça enquanto atacavam, torturavam e matavam israelitas. É uma grande tragédia e apresento as minhas mais profundas condolências à sua família.
Na tarde desta segunda-feira, o chanceler alemão Olaf Scholz lamentou a morte da DJ e pediu a responsabilização do grupo terrorista pelos ataques. À TV alemã WELT, ele afirmou que isso mostra "toda barbárie que está por trás do ataque do Hamas".
No entanto, poucos dias após o ataque do Hamas em território israelense, a mãe da jovem, Ricarda Louk, disse que ela teria dado entrada no Hospital Indonésio, localizado ao norte da Faixa de Gaza, conforme reportou a revista alemã Der Spiegel no dia 11 de outubro. Shani teria tido um grave ferimento na cabeça e estaria com quadro de saúde crítico. As informações chegaram à família, ainda de acordo com a revista, através de um amigo da família que mora da região.
Na Alemanha, tios da jovem afirmaram ao programa alemão ZDF heute que o governo local teria ignorado os pedidos de ajuda de parentes para descobrir o paradeiro da jovem de 23 anos.
— Estamos inquietos e totalmente decepcionados porque o governo federal não se sente responsável. Um [funcionário] do Ministério das Relações Exteriores disse que não teve tempo porque precisava remarcar voos. Isso me deixa com muita raiva — afirmou Orly Louk, tia da jovem.
Logo após ter sido raptada pelo Hamas, a mãe de Shani afirmou que o vídeo que mostrava o corpo de uma mulher seminua na traseira de uma caminhonete conduzida por integrantes armados do grupo terrorista era sua filha de 23 anos. Em imagens compartilhadas nas redes sociais, é possível ver que uma pessoa chega a cuspir no corpo. Desde então, a família dava a jovem como desaparecida.
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