Internacional
Israel tem 200 mil deslocados internos pela guerra com o Hamas, aponta gabinete de Netanyahu
Comunidades perto do Líbano e da Faixa de Gaza foram evacuadas pelo governo por motivos de segurança
O gabinete do premier de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou, neste domingo, que 200 mil pessoas foram deslocadas internamente desde o ataque terrorista do Hamas, em 7 de outubro.
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De acordo com um porta-voz do gabinete do premier, citado pelo jornal Times of Israel, cerca de metade dos 200 mil deslocados foram instruídos a evacuar 105 comunidades perto das fronteiras de Gaza e do Líbano, no sul e no norte, diante das ameaças de segurança provocadas pelo Hamas e pelo Hezbollah.
Ainda de acordo com o mesmo porta-voz, a outra metade deixou áreas próximas a fronteira por vontade própria.
A Autoridade Nacional de Gestão de Emergências (Nema), vinculada ao Ministério da Defesa, aponta que cerca de 120 mil israelenses estão recebendo atendimento do órgão, após serem retirados de 25 comunidades nos arredores da Faixa de Gaza e de outras 28 comunidades perto da fronteira com o Líbano.
― Desde a independência, em 1948, não havia um deslocamento da população dentro de Israel por questões de segurança como estamos observando agora, com cidades inteiras desalojadas, como Kiryat Shmona, perto da fronteira com o Líbano, com mais de 20 mil habitantes ― afirmou o historiador israelense Meir Margalit, de 71 anos, em entrevista ao jornal El País.
De acordo com o historiador, contudo, o número não é comparável ao êxodo provocado pelos bombardeios israelenses contra o enclave palestino.
― Não é nada em comparação com o êxodo que está sendo produzido em Gaza. Aqui, se não for uma casa de família, eles se hospedam em hotéis ― disse Margalit, autor de "Jerusalém, a cidade impossível", que considera a ofensiva contra Gaza "um crime contra a humanidade".
Segundo a ONU, o número de civis que teve que se deslocar internamente na Faixa de Gaza, desde o dia 7 de outubro, chegou em 1 milhão. Mais de 500 mil deles ele procurou refúgio em instalações da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA).
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