Internacional

Comboio com ajuda humanitária para a Faixa de Gaza 'não deve ser o último', diz chefe humanitário da ONU

20 caminhões entraram na região pela passagem de Rafah neste sábado em ação inédita desde o começo da guerra

Agência O Globo - 21/10/2023
Comboio com ajuda humanitária para a Faixa de Gaza 'não deve ser o último', diz chefe humanitário da ONU
onu - Foto: onu news- Divulgação

O chefe humanitário da ONU, Martin Griffiths, disse, neste sábado, após a confirmação da entrada de de 20 caminhões com ajuda humanitária na Faixa de Gaza, que esse comboio "não deve ser o último". A ONU havia pedido 100 caminhões, enquanto quase 150 aguardavam sinal verde para entrar em Gaza pela fronteira com o Egito nesta sexta-feira, dois dias após o país autorizar a passagem de suprimentos básicos para o enclave palestino. As autoridades locais, no entanto, adiaram a entrega "para o próximo dia ou depois" e afirmaram que somente 20 deles seriam autorizados a cruzar a fronteira por Rafah, o que aconteceu neste sábado, pela primeira vez desde o início da guerra.

"Saudamos o anúncio de hoje de que um comboio de ajuda humanitária entrou em Gaza, o primeiro desde o início das hostilidades em 7 de outubro. O comboio de 20 caminhões inclui suprimentos vitais fornecidos pela Cruz vermelha egípcia e pela ONU, que foram aprovados para cruzar e serem recebidos pela Cruz Vermelha Palestina, com o apoio da ONU", começa a mensagem oficial de Griffiths.

"A entrega segue-se a dias de negociações profundas e intensas com todas as partes relevantes para garantir que a operação de ajuda a Gaza fosse retomada o mais rapidamente possível e com condições adequadas", segue o chefe humanitário da ONU, antes de dizer que está "confiante" que esse comboio será o começo "de um esforço sustentável para fornecer suprimentos essenciais, incluindo alimentos, água, medicamentos e combustível, ao povo de Gaza, de uma forma segura, confiável, incondicional e sem impedimentos".

Griffiths termina a nota dizendo que a situação humanitária em Gaza atingiu "níveis catastróficos". "A população de Gaza suportou décadas de sofrimento. A comunidade internacional não pode continuar a falhar com eles", conclui.