Internacional
Gaza teve ao menos 7 mil prédios atingidos desde o início do conflito; veja mapas
No total, 1.460 edifícios foram totalmente destruídos, segundo análises preliminares da UNOSAT
A Faixa de Gaza teve ao menos 7 mil prédios atingidos desde o início da contraofensiva israelense, após os ataques do Hamas contra civis no dia 7 de outubro. O levantamento foi feito pelo Centro de Satélites das Nações Unidas (UNOSAT), que analisou imagens aéreas do local. Na sexta-feira (20), foram divulgados os dados referentes a região central do território palestino.
Leia mais: mapa mostra danos causados por bombardeios no norte de Gaza; veja
Guerra no Oriente Médio: veja a primeira imagem da mãe e filha libertadas pelo Hamas
Os dados da UNOSAT foram feitos com base em imagens de satélite capturadas no último domingo (15). Não incluem, portanto, ocorrências da última semana, como a explosão em um hospital de Gaza. Veja abaixo o mapa da área central do território, de 74 km²:
Nesta quarta-feira, a mesma análise referente ao norte da Faixa de Gaza foi divulgada pela UNOSAT. Essa porção do território palestino, com 65 km², foi o principal alvo dos ataques israelenses. Ambos os mapas foram feitos com imagens de satélites tiradas nas mesmas datas:
Somadas duas regiões, foram identificados 7.710 prédios danificados desde o início do conflito, além de quatro escolas também atingidas. No total, 1.460 edifícios foram totalmente destruídos, de acordo com a UNOSAT. Entre as unidades de ensino atingidas está a Universidade de Gaza, alvo de um ataque israelense no dia 11. O bairro mais afetado pelo conflito foi Ash Shuja'iyeh.
De acordo com a UNOSAT, por se tratar de uma análise preliminar, os números podem ainda variar.
Um relatório do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha), divulgado na quarta-feira (18), aponta os danos nas demais regiões de Gaza. Até 14 de outubro, segundo dados do Ministério das Obras Públicas de Gaza compilados pelo Ocha, 8.840 unidades habitacionais tinham sido destruídas e 5.434 foram danificadas e tornaram-se inabitáveis. Até 16 de outubro, 167 instalações de ensino foram atingidas por ataques aéreos, incluindo pelo menos 20 unidades da UNRWA e duas que eram usadas como abrigos de emergência para deslocados internos.
Israel x Hamas: 14 dias de guerra em cinco pontos
Na tarde de terça-feira (17), segundo o Ocha, um bombardeio atingiu uma escola da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA, na sigla em inglês) que fica no campo de refugiados de Al Maghazi, no centro de Gaza, e que abriga cerca de 4 mil deslocados internos. Pelo menos seis pessoas morreram e dezenas ficaram feridas, de acordo com funcionários da entidade.
Um edifício universitário e sete igrejas também foram danificados e pelo menos 11 mesquitas foram destruídas, segundo o relatório mais recente do Ocha. Houve danos, ainda, às instalações de água e saneamento. Até 12 de outubro, pelo menos seis poços de água, três estações de bombeamento, um reservatório de água e uma usina de dessalinização que atende mais de 1 milhão de pessoas foram danificados.
O relatório mais recente do Ocha contabiliza mais de 1 milhão de pessoas deslocadas internamente em Gaza por causa do conflito. Entre elas, há mais de 352 mil que permanecem em abrigos de emergência designados pela UNRWA no centro e no sul da região. O número de deslocados internos nos abrigos da UNRWA na cidade de Gaza e no norte não foi divulgado. Outros cerca de 55 mil deslocados estão alojados em 51 abrigos desvinculados à ONU, a maioria na cidade e no norte.
Mais lidas
-
1DEFESA
'Sem similar no mundo': avião Super Tucano brasileiro está prestes a entrar no mercado europeu
-
2GESTÃO
Prefeitura de Maceió acaba com indicação política para a gerência de Unidades de Saúde
-
3PALMEIRA DOS ÍNDIOS
Homologação de terras indígenas em Palmeira dos Índios: pequenos agricultores temem impactos devastadores
-
4NO APAGAR DAS LUZES
OAB palmeirense cobra transparência na gestão municipal de Palmeira dos Índios
-
5HOMICÍDIO
Homem é encontrado morto no bairro Alto do Cruzeiro, em Palmeira dos Índios