Internacional
'Mapa do tesouro': Rocha de 4 mil anos daria indicativo de monumentos perdidos, diz arqueólogo
Pesquisadores atuam para decifrar inscrições contidas no artefato; segundo especialistas, buscas podem levar até 15 anos
Uma rocha de 4 mil anos foi descrita como um “mapa do tesouro” por arqueólogos. Em 2021, ela foi identificada inicialmente como um mapa tridimensional de um território da Idade do Bronze em Saint-Belec, na França, por pesquisadores. Agora, os profissionais têm trabalhado na decifração das inscrições que ela possui.
O artefato também está sendo usado por arqueólogos para procurar sítios de monumentos antigos no noroeste da França. Professor da Universidade da Bretanha Ocidental (UBO), Yvan Pailler disse que “usar o mapa para tentar encontrar sítios arqueológicos é uma abordagem excelente” e que a equipe nunca trabalhou assim.
— É um mapa do tesouro — pontuou ele.
Os pesquisadores estão apenas começando a busca por monumentos “perdidos” há muito tempo. De acordo com o colega de Pailler, Clement Nicolas, do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS, sigla em francês), essa busca pode levar até 15 anos, uma vez que sítios antigos são mais comumente descobertos por equipamentos de radar sofisticados, fotografia aérea ou por acidente — e não por mapas de pedra.
A rocha tem intrigado arqueólogos por séculos. Em 1901, um pré-historiador francês escreveu no Boletim Arqueológico de Finistère: “descrever esse monumento curioso com suas cúpulas, seus círculos e suas várias figuras gravadas é uma tarefa difícil”. Segundo Pailler, alguns dos símbolos gravados nela “fizeram sentido imediatamente”.
Isso incluiu saliências grosseiras e linhas que os profissionais reconhecem como rios e montanhas de Roudouallec, parte da região da Bretanha. Ao compará-la com mapas modernos, os arqueólogos encontraram uma correspondência de aproximadamente 80%. A equipe acredita que os pequenos buracos contidos nela podem apontar para montes funerários, moradias ou depósitos geológicos.
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