Internacional
Conselho de Segurança da ONU vai votar resolução sobre Israel-Hamas nesta quarta-feira, às 11h
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (CSNU) adiou para esta quarta-feira, às 11h de Brasília, 10h de Nova York, a votação da proposta de resolução sobre a guerra Israel-Hamas costurada pela presidência com outros membros. O tema era para ter sido apreciado na segunda-feira, foi adiado para terça, mas ao longo do dia, diante das negociações entre os países para aprimoramento do texto, foi solicitado mais tempo para alinhamento.
Até o momento, já foram feitos quatro rascunhos da proposta de resolução, de acordo com fontes. A última versão do texto deve ser submetida ao sistema de votação para que os países tenham acesso ainda nesta terça-feira.
A resolução do Brasil ia ser votada em reunião de segunda, dia 16, mas os Emirados Árabes Unidos solicitaram consulta a portas fechadas. Todos os membros deixaram a sala e foram se reunir reservadamente. Na ocasião, 13 de um total de 14 membros, sem contar a presidência brasileira, solicitaram mais tempo para analisar a proposta de resolução sobre o conflito no Oriente Médio. O texto sugerido pela Rússia foi votado, mas barrado pelos membros.
Depois de negociações que vararam a noite de segunda e se estenderam ao longo desta terça-feira, a leitura é de que há um desejo "majoritário" e "genuíno" e com um sentido de urgência cada vez maior para aprovar uma resolução, segundo fontes. Há, porém, "linhas vermelhas" que opõem os países membros do CSNU.
De acordo com fontes, a Rússia não participou ativamente, mas teria mandado comentários para o texto. A China também se engajou e tem sido "construtiva", afirmam. No entanto, nem todos os pontos sugeridos foram incluídos já que alguns se anulavam, uma vez que os países têm posições contrárias e contraditórias, em especial, a Rússia e os Estados Unidos.
Uma fonte diz que ainda não é possível garantir que não haverá vetos para o texto. Há um esforço dos países envolvidos no texto para que, caso ocorra, tenha um "custo alto", explica uma fonte.
São necessários ao menos nove votos, considerando o total de 15 países que formam o CSNU, para que o projeto de resolução seja aprovado. Além disso, nenhum dos cinco membros permanentes pode vetá-lo. São eles: Estados Unidos, Reino Unido, China, França e Rússia.
O senso de urgência para uma resolução do Conselho de Segurança da ONU aumentou sobremaneira após o ataque a um hospital em Gaza nesta terça-feira e que deixou ao menos 500 mortos. A demora de um posicionamento passa sinais equivocados, sugere uma fonte.
Se a proposta de resolução da presidência brasileira for aprovada, será a primeira vez desde 2016 que o órgão emite uma opinião oficial sobre o Oriente Médio. Além disso, Reino Unido e França não vetam propostas há décadas.
Caso a proposta não seja aprovada, uma fonte diz que o fracasso será do Conselho de Segurança da ONU e não da presidência brasileira, que tem se engajado para buscar o consenso dos membros. Outros países, inclusive, têm elogiado a condução. Na segunda-feira, a delegação chinesa disse que a proposta da presidência brasileira é bem-vinda. Além disso, os chamados cofacilitadores podem ser urgidos para contribuírem de forma mais ativa com o debate. Neste caso, são os EUA e os Emirados Árabes Unido.
Depois da votação nesta quarta,, está prevista uma reunião formal e aberta do Conselho de Segurança da ONU, após o ataque ao hospital na cidade de Gaza. O debate foi convocado pelos Emirados Árabes Unidos e a Rússia, informou representante dos Emirados Árabes na ONU, Shahad Matar, em sua conta oficial no X, antigo Twitter.
Mais lidas
-
1JUSTIÇA ELEITORAL
Vereadores diplomados em risco e possíveis sucessores no novo caso das "laranjas" em Palmeira dos Índios
-
2FUTEBOL
Guardiola diz que má fase do Manchester City não é culpa de Haaland: 'É sobre nós'
-
3FUTEBOL
A novidade do futebol em 2025 será o Super Mundial de Clubes
-
4IPVA 2025
Sefaz divulga calendário de pagamento do IPVA em Alagoas
-
5
Prefeita reeleita e vice eleito terão que enfrentar a Justiça eleitoral para não perderem os mandatos