Internacional
Trump processa ex-espião autor de relatório que sugeria influência russa na disputa para Casa Branca em 2016
A justiça do Reino Unido ouviu os argumentos da defesa baseados na lei de proteção de dados, nesta segunda-feira
Um ex-espião britânico enfrentou, nesta segunda-feira, o início do processo na justiça em Londres aberto pelo o ex-presidente americano Donald Trump pela divulgação de um relatório controverso que apontava ligações nunca comprovadas entre ele o o governo da Rússia, que provocaram um terremoto político em Washington após a eleição presidencial de 2016.
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O ex-agente de inteligência Christopher Steele, de 59 anos, e a empresa privada Orbis, fundada por ele, são acusados com base na lei de proteção de dados. A pedido do campo democrata, durante a campanha para a Casa Branca, Christopher Steele compilou informações não verificadas que levantavam suspeitas sobre a interferência de Moscou no processo eleitoral.
"O presidente Trump inicia este processo porque busca fazer valer os seus direitos jurídicos, com base no fato de que as declarações incluídas nestes memorandos são falsas", disse o seu advogado Hugh Tomlinson na audiência no Supremo Tribunal de Londres.
A denúncia concentra-se, em particular, em dois trechos deste relatório que descrevem supostas orgias em que Donald Trump teria participado em São Petersburgo, além de outras com prostitutas em Moscou. Embora o ex-presidente dos EUA reconheça que a empresa Orbis não é responsável pela publicação do relatório, considera que foi ela quem "processou" os dados incluídos no mesmo.
Os advogados da Orbis pediram que as ações movidas contra os seus clientes fossem retiradas, considerando que eles "não são responsáveis" por possíveis danos à reputação de Donald Trump, causados pela publicação do relatório sem o seu conhecimento.
Publicado pelo site Buzzfeed 10 dias antes da posse de Donald Trump, em janeiro de 2017, o relatório incluía inúmeras acusações comprometedoras para o ex-presidente dos EUA, sugerindo também que o presidente russo, Vladimir Putin, havia "apoiado e dirigido" uma operação para "promover" a candidatura de Donald Trump às eleições presidenciais americanas. As audiências continuarão na terça-feira, à espera de uma decisão em data ainda indefinida.
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