Internacional
Enquanto mundo observa conflito Israel x Hamas, Putin diz que Exército russo avança na frente ucraniana
O Exército russo está avançando na frente na Ucrânia, especialmente em torno da cidade de Avdiivka (leste), alvo há dias de um cerco em grande escala por parte das tropas de Moscou, disse o presidente da Rússia, Vladimir Putin, neste domingo. As forças ucranianas afirmam estar repelindo esta ofensiva.
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— Nossas tropas melhoram sua posição em quase todo este espaço, um espaço bastante vasto — declarou o presidente, em uma entrevista à televisão russa, conforme trecho publicado nas redes sociais. — Isso diz respeito às zonas de Kupiansk, Zaporizhzhia e Avdiivka — acrescentou Putin, elogiando essa estratégia de "defesa ativa" liderada pelo Exército.
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As declarações do presidente russo sobre a situação em torno de Avdiivka surgem depois de suas Forças Armadas terem anunciado avanços na área. A cidade caiu brevemente, em julho de 2014, nas mãos de separatistas pró-russos apoiados e armados por Moscou, antes de voltar para controle ucraniano. Desde então, tem marcado a linha da frente nesta área e sido bombardeada com frequência, mesmo antes da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Nas últimas semanas, as forças russas conseguiram assumir o controle do norte e do sul da cidade, além de dominarem o leste, apertando progressivamente o cerco, com a esperança, no longo prazo, de fazer o Exército ucraniano se afastar ainda mais da capital da província de Donetsk, atingida todos os dias por bombardeios de Kiev. Com base em imagens publicadas nas redes sociais, diferentes analistas afirmam, no entanto, que Moscou sofreu perdas materiais significativas.
'Sem sucesso'
Em sua sessão informativa diária, o Exército ucraniano negou as afirmações russas, alegando que seus homens "repeliram" os ataques de Moscou na área. "O inimigo não cessa de tentar furar nossas defesas, mas sem sucesso", frisou.
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No sábado, o prefeito ucraniano de Avdiivka, Vitali Barabach, relatou uma situação "muito tensa" e que os russos estão tentando "cercar a cidade" com "cada vez mais tropas". Segundo ele, cerca de 1.600 civis permanecem em Avdiivka, já que os constantes bombardeios dificultam a retirada da população. Antes da ofensiva russa, a cidade tinha 30 mil habitantes.
O ataque do Kremlin a Avdiivka ocorre quatro meses depois de uma difícil contraofensiva ucraniana, uma vez que o Exército de Kiev recuperou apenas algumas cidades das mãos dos russos. Putin reiterou, neste domingo, que essa contraofensiva "fracassou completamente".
— Sabemos que, em algumas zonas de combate, a parte contrária prepara novas operações ofensivas. Vemos isso, sabemos disso e reagimos em conformidade — completou.
Em outros lugares da Ucrânia, vários ataques russos no sábado deixaram quatro mortos e três feridos nas províncias de Kharkiv (leste) e de Kherson (sul), segundo as autoridades locais. Na área ocupada pela Rússia em Kherson, três civis morreram, e outro ficou ferido no sábado, informou Vladimir Saldo, a autoridade local designada por Moscou.
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