Internacional

Brasil negocia retirada de 28 brasileiros da Faixa de Gaza; governo mantém conversas com Egito

Sofia Aguiar 12/10/2023
Brasil negocia retirada de 28 brasileiros da Faixa de Gaza; governo mantém conversas com Egito
Brasil - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O governo brasileiro identificou 28 brasileiros que estão na Faixa de Gaza que solicitaram repatriação. A saída está sendo negociada com o governo do Egito, mas ainda não há previsão do deslocamento do grupo por conta dos bombardeiros na região de Rafah, na fronteira entre Gaza e Egito, por onde será feito o resgate.

Do grupo de 28 brasileiros, parte está reunida em uma escola local, onde lhes foram fornecidos alimentos, colchões e roupas de cama. A maioria são mulheres e crianças.

A Embaixada do Brasil em Tel-Aviv solicitou formalmente ao governo de Israel que não bombardeie a escola.

Na quarta-feira, 11, o chanceler brasileiro Mauro Vieira conversou com o ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, para tratar sobre a passagem de brasileiros que se encontram na Faixa de Gaza.

No telefonema, Vieira pediu a Shoukry para facilitar a passagem de ônibus por Rafah para que os brasileiros consigam entrar em território egípcio, onde estarão seguros, avalia o ministro.

O Brasil mantém as conversas com o Egito, mas o risco de bombardeios na região impossibilita o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a ter uma previsão em relação ao deslocamento dos brasileiros. Foram contratados veículos para o transporte até a fronteira egípcia tão logo seja possível a passagem por Rafah.

O plano inicial traçado pelo governo brasileiro é que o resgate aconteça via terrestre. A ideia é levar os 28 que solicitaram repatriação até o Egito e, de lá, enviá-los de avião de volta para o Brasil.

"Creio que essa é uma boa iniciativa", disse Vieira, após conversar com Shoukry na quarta-feira. "Conto com o apoio egípcio para isso e creio que será a saída para evacuar os brasileiros que se encontram nessa região conflagrada e correndo riscos", acrescentou o ministro.