Internacional
Com marido réu por inflar fortuna e próximo das eleições, Melania Trump renegocia acordo nupcial, diz site: 'Busca futuro mais sólido'
Republicano alega, sem provas, que é alvo de perseguição na Justiça; mulher estaria tentando garantir patrimônio próprio e do filho do casal
Melania Trump renegociou seu acordo pré-nupcial com Donald Trump antes de ele se lançar, oficialmente, a uma segunda corrida à Casa Branca, no próximo ano, de acordo com fontes ouvidas pelo site PageSix. O casal selou a união em 2005 e, recentemente, em meio às batalhas do marido na política e na Justiça, a mulher teria visto a necessidade de garantir "um futuro mais sólido" para si e para o filho, Barron, de 17 anos.
"Melania está mais preocupada em manter e aumentar uma reserva substancial para seu filho, Barron”, disse a fonte ao site. Mas o novo acordo também prevê dinheiro e propriedades para Melania, de acordo com a mesma fonte.
Uma segunda fonte detalhou que Melania queria que o acordo lhe desse mais dinheiro e previsse "uma quantia mínima específica que Barron deveria obter".
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump desviou-se do roteiro de campanha para comparecer à abertura do julgamento civil em que é acusado de inflacionar o valor de propriedades e ativos financeiros em Nova York, enquanto sua equipe política procurava transformar o espetáculo em um grito de guerra para seus apoiadores.
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A decisão de comparecer voluntariamente ao tribunal tomada por Trump, que já foi obrigado a comparecer aos tribunais em quatro processos criminais diferentes este ano, ressalta o quanto ele se sente pessoalmente prejudicado pelas acusações de fraude, bem como sua própria autoconfiança de que comparecer ajudará sua causa legal.
A iniciativa também revela como os padrões políticos se inverteram no Partido Republicano da era Trump: ser acusado de irregularidades pode ser politicamente benéfico, apesar do risco legal concreto.
— Esta é a continuação da maior caça às bruxas de todos os tempos — disse Trump no tribunal, em comentários que foram transmitidos ao vivo pela Fox News.
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O ex-presidente, cujo filho Eric também estava no tribunal, foi acompanhado por vários de seus assessores políticos, incluindo Walt Nauta, seu corréu no processo federal que o acusa de manipulação inadequadas de documentos confidenciais, em um sinal de como sua sorte jurídica e política está cada vez mais confusa.
Oportunidade
Em uma era política em que os candidatos são definidos tanto por seus críticos e oponentes quanto por suas posições, alguns dos conselheiros de Trump veem uma oportunidade em um caso apresentado inicialmente pela procuradora-geral democrata de Nova York, Letitia James, mesmo que as acusações atinjam o cerne de sua identidade.
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De certa forma, a campanha de Trump, que viu seus apoiadores serem mobilizados pelas acusações criminais que ele enfrentou, está tentando transformar o caso civil em algo semelhante a uma quinta acusação — uma oportunidade para motivar sua base.
— Trump parece estar lidando com seus problemas legais como se tivesse um trunfo nas mãos, uma ou duas acusações o comprometem politicamente, mas se você juntar todas elas, poderá chegar à Lua — disse Liam Donovan, um estrategista republicano. — O grande volume e a variedade de acusações obscurecem os casos individuais e seus padrões de fatos, e favorecem o argumento de Trump de que seus oponentes estão tentando derrubá-lo por todos os meios possíveis.
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Para Trump, sua presença no julgamento é muito mais pessoal do que política, de acordo com uma pessoa familiarizada com seu pensamento. O ex-presidente está furioso com as acusações de fraude, com o juiz do caso e com a procuradora-geral. E Trump, que é um entusiasta do poder de controle, acredita que os julgamentos foram ruins para ele quando ele não estava presente e espera afetar o resultado desta vez, de acordo com a mesma fonte, que pediu para não ser identificada.
Em seus comentários no tribunal, Trump criticou a decisão anterior do juiz sobre fraude na valorização de sua propriedade.
— Eu nem sequer coloquei meu melhor ativo, que é a marca — afirmou.
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No início deste ano, o ex-presidente brincou publicamente com a ideia de comparecer a um julgamento civil no qual a escritora E. Jean Carroll o acusou de estuprá-la na década de 1990, mas ele não o fez. Trump foi considerado responsável por abusar sexualmente de Carroll e difamá-la.
Trump anunciou sua decisão de comparecer à abertura de seu julgamento por fraude na sua rede social, Truth Social, na noite de domingo, dizendo que lutaria por seu "nome e reputação" no tribunal.
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Mas esta é a nova era pós-vergonha da política, na qual os candidatos observaram, ao longo do tempo, que o erro é permitir que se seja jogado para fora do ringue. Esse sentimento afeta ambos os partidos, até certo ponto: um senador democrata, Bob Menendez, de Nova Jersey, foi indiciado por acusações de corrupção, e barras de ouro foram encontradas em sua casa. Ele se declarou inocente e prometeu permanecer no Senado.
No entanto, muitos de seus colegas pediram que ele renunciasse, em total contraste com a forma como a grande maioria das autoridades republicanas tratou com cautela — e continuou a apoiar — Trump, ecoando sua repetida alegação de que ele é vítima de perseguição política.
'Injustamente atacado'
O maior pico de arrecadação de fundos de Trump até o momento, de acordo com a campanha, ocorreu depois que sua foto de réu foi divulgada pela Justiça da Geórgia, que o acusou de fazer parte de uma conspiração criminosa para anular a eleição de 2020.
Corry Bliss, um estrategista político republicano veterano, acredita que para a maioria dos eleitores das primárias republicanas, todas as acusações e processos judiciais se misturaram em uma única imagem de um ex-presidente injustamente atacado.
— Isso reforçou a crença entre o principal segmento da base de que Trump está sendo tratado injustamente e que os democratas o detestam tanto que estão dispostos a fazer o que for preciso para derrotá-lo, seja eleitoralmente ou no sistema judicial — comentou Bliss. — Os fatos legais que interessam à maioria dos republicanos são os de Hunter Biden [acusado de contravenções fiscais]. Ponto final. Fim da discussão.
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