Internacional
EUA confirmam relatos de vários americanos mortos ou desaparecidos após ataques em Israel
Informação foi anunciada pelo secretário de Estado americano, Antony Blinken, em entrevista, em que comparou o episódio à Guerra do Yom Kippur

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse em entrevista a CNN neste domingo ter recebido uma série de relatos de cidadãos americanos que foram mortos ou estão desaparecidos após os ataques do Hamas em Israel.
— Temos relatos de que vários americanos foram mortos. Estamos fazendo hora extra para verificar isso — disse Blinken. — Há relatos de americanos desaparecidos.
O secretário de Estado americano classificou a ofensiva-relâmpago impetrada pelo grupo palestino como o pior ataque desde a Guerra do Yom Kippur de 1973. O episódio, que aconteceu em 6 de outubro de 1973 durante o feriado judaico do Yom Kippur (Dia do Perdão), é considerado o evento mais traumático da história de Israel. Na época, uma coalizão de países árabes, liderados por Egito e Síria, atacou forças israelenses na região do Deserto do Sinai e nas Colinas de Golã, territórios anexados à força por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967.
— Mas há uma diferença fundamental: aquela foi uma guerra de Estado para Estado, de país para país, de exército para exército. Este é um ataque terrorista em massa que está matando civis israelenses em suas cidades e casas — avaliou Blinken. — Como vimos tão graficamente, eles estão literalmente arrastando pessoas pela fronteira com Gaza, incluindo um sobrevivente do Holocausto em uma cadeira de rodas, mulheres e crianças. Você pode imaginar o impacto que isso está tendo em Israel e o mundo deveria estar revoltado com o que está vendo.
Blinken destacou o trabalho diplomático realizado pelo governo do presidente Joe Biden nas últimas horas para garantir que todos os países estejam usando "qualquer influência que tenham para fazer o Hamas recuar e para garantir que não vejamos o conflito irromper em outras áreas".
Nos últimos meses, Israel e Arábia Saudita — inimigos históricos no Oriente Médio — vêm ensaiando uma aproximação capitaneada pelos EUA. Segundo Blinken, que afirma ter conversado no sábado com seu homólogo saudita, o príncipe Faisal bin Farhan, uma das motivações por trás dos ataques do Hamas pode ter sido interromper a normalização das relações diplomáticas entre os países.
O presidente iraniano Ebrahim Raisi conversou com chefes do Hamas e da Jihad Islâmica, segundo publicou a agência de notícias estatal do Irã neste domingo. O país é um dos aliados do grupo palestino, que também recebeu o apoio do movimento xiita Hezbollah, mas havia normalização as relações com Israel por intermédio chinês.
Saiba mais: Governo Lula se reúne para discutir posicionamento do Brasil diante do conflito entre Israel e Palestina
Apenas um dia depois do Hamas iniciar a ofensiva contra Israel, considerada a maior em 50 anos, o número de mortos e feridos não para de crescer. Neste domingo, o Ministério da Saúde palestino em Gaza informou que ao menos 313 palestinos morreram e quase 2 mil ficaram feridos com a reação das forças israelenses. Do outro lado, o levantamento mais recente aponta que há mais de 600 judeus mortos e 1.800 feridos — totalizando mais de mil vítimas fatais e 4 mil feridos.
Mas este parece ser só o início de um conflito sangrento, após o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometer um ataque "com todas as forças" contra Gaza que deixará a cidade "em ruínas". O governo de Israel instou a população palestina a deixar suas casas dentro de 24 horas e iniciou uma operação para evacuar os judeus que residem nos arredores da região.
Neste domingo, o Gabinete de Segurança israelense aprovou uma resolução que institui o estado de guerra oficialmente. O será levado na segunda para o Parlamento e permitirá que o Exército adote uma operação ainda mais ofensiva na Faixa de Gaza.
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