Internacional

Policial egípcio mata a tiros dois turistas israelenses e um egípcio em Alexandria

Mortes ocorreram neste domingo, em um contexto de escalada das tensões entre Israel e o movimento palestiniano Hamas

Agência O Globo - 08/10/2023
Policial egípcio mata a tiros dois turistas israelenses e um egípcio em Alexandria
Policial egípcio mata a tiros dois turistas israelenses e um egípcio em Alexandria - Foto: Reprodução

Um policial egípcio matou a tiro dois turistas israelitas e um egípcio no domingo, em Alexandria, na costa norte do Egipto, noticiaram os meios de comunicação locais. As mortes ocorrem em um contexto de escalada das tensões entre Israel e o movimento palestiniano Hamas.

"Um policial em Alexandria disparou a sua arma pessoal indiscriminadamente contra um grupo de turistas israelitas (...) Dois turistas foram mortos, um egípcio também foi morto e o polícia foi detido", informou a estação de televisão privada Extra news, citando uma fonte de segurança.

O Egito, junto com a Síria, lançou um ataque surpresa contra o território israelense há 50 anos atrás, na Guerra do Yom Kippur, iniciada em 6 de outubro de 1973. A ofensiva ocorreu no mais importante feriado judaico, quando a Inteligência de Israel foi acusada de não ter sido capaz de prever com eficácia o ataque.

Ainda assim, desde 2007, quando o grupo Hamas assumiu o poder da Faixa de Gaza, o país, junto com Israel, mantém um duro bloqueio contra o enclave. Ator histórico das tentativas de interlocução entre dos dois lados do conflito no Oriente Médio, o Egito defendeu a urgência de que ambos “exercitem a contenção”. Em um comunicado, a chancelaria egípcia apelou a que “os lados palestino e israelense exercitem os mais altos níveis de contenção”.

Jordânia e o Egito foram os primeiros dois países da região a firmar acordos de paz com Israel, antes de uma onda de normalização diplomática apoiada pelos Estados Unidos desde 2020, incluindo os Emirados Árabes Unidos. O chanceler do Egito manteve uma série de contatos por telefone, neste sábado, para, segundo o governo, buscar a intervenção imediata” de “atores internacionais” para evitar o agravamento da crise. Em conversa com o chanceler dos Emirados Árabes Unidos, ambos concordaram sobre a "a gravidade da situação atual e a necessidade de fazer todos os esforços para evitar que a situação de segurança fique fora de controle".