Internacional
Ex-presidente da Itália Giorgio Napolitano é velado em Roma
Líder histórico do Partido Comunista italiano morreu na sexta-feira, aos 98 anos

O corpo do ex-presidente da Itália, Giorgio Napolitano (2006-2015), foi velado nesta segunda-feira no prédio do Senado, em Roma. Defensor da integração europeia e liderança histórica do Partido Comunista italiano, Napolitano morreu na última sexta-feira, aos 98 anos.
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Considerado um fiador da estabilidade na Itália em anos de instabilidade política, Napolitano foi eleito em 2006. Planejava se aposentar após o primeiro mandato, de sete anos, em 2013. Mas o resultado apertado das eleições legislativas e a incapacidade dos partidos de chegarem a um acordo sobre um eventual sucessor o fizeram se manter no cargo.
Seu discurso de posse foi especialmente duro com os líderes políticos, que criticou por não ouvirem as exigências do país. Anunciou que não permaneceria no cargo por mais sete anos e renunciou em janeiro de 2015.
Em nota, o governo brasileiro expressou pesar pelo falecimento de Napolitano. "Estadista de grande porte, Giorgio Napolitano foi o primeiro presidente da Itália a ser reeleito, em 2013. Sua contribuição para as relações internacionais foi marcada pela defesa dos direitos humanos e pelo compromisso com o multilateralismo", diz a nota.
Giorgia Meloni, líder do partido de extrema direita Irmãos da Itália e “presidente do Conselho” desde outubro de 2022, apresentou as condolências do Executivo à família do ex-presidente. Já o atual chefe de Estado italiano, Sergio Mattarella, lembrou o compromisso europeísta de Napolitano, que foi deputado no Parlamento Europeu, onde travou “batalhas importantes pelo desenvolvimento social, pela paz e pelo progresso na Itália e Europa”.
O jornal italiano Corriere della Sera destacou a homenagem do Papa Francisco ao ex-presidente. Na sexta, Francisco havia enviado um telegrama à viúva de Napolitano, no qual afirmou que ele dedicou sua atividade política a “proteger a união e concórdia” no país. Ontem, o Papa compareceu ao velório laico organizado no Senado, e rezou silenciosamente ao lado do caixão.
O ex-presidente fez parte dos Grupos Universitários Fascistas - como a maioria dos estudantes em tempos de Mussolini - mas, a partir dos 17 anos, juntou-se a um grupo de resistentes comunistas. Ingressou no partido em 1945 e foi eleito deputado pela primeira vez em 1953.
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