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Uso de própolis no tratamento de feridas tem apresentado resultados animadores no HGE

Estudo iniciado pela Ufal tem contribuído com o cuidado prestado pelo Serviço de Atenção a Pele e Feridas

Thallysson Alves 24/09/2023
Uso de própolis no tratamento de feridas tem apresentado resultados animadores no HGE
A própolis, no tratamento de feridas, tem propriedades terapêuticas que agilizam a cicatrização - Foto: Thallysson Alves 3

O Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, valoriza as pesquisas e possui diversos estudos em andamento. Um deles é o uso de membrana de poliuretano, associada à própolis vermelha de Alagoas, no tratamento de feridas, executado pelo Serviço de Atenção à Pele e Feridas (SAPF), em parceria com a Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

Os resultados têm se mostrado animadores, já que é perceptível, conforme a equipe, a melhora na cicatrização, reduzindo desconfortos, riscos de infecções e custos terapêuticos.A pele é constantemente exposta a traumas mecânicos, biológicos, físicos e químicos que podem causar ruptura, lesão ou grande perda tecidual, uma vez que é a primeira barreira protetora do corpo contra fatores externos. E quando um paciente fica acamado por um período extenso, o risco de desenvolver lesões por pressão cresce e isso também pode agravar o quadro clínico, com o surgimento de infecção, a temida sepse.

“O uso da membrana de poliuretano, associada à própolis vermelha, tem sido eficaz no tratamento de feridas, uma vez que tem propriedades terapêuticas que agilizam a cicatrização. Essa ação contribui com a construção do tecido de granulação, reparando o tecido e estimulando a migração de queratinócitos, que têm a função de revestimento.

O cuidado que a Enfermagem tem sido elogiado por pacientes e acompanhantes
O cuidado que a Enfermagem tem sido elogiado por pacientes e acompanhantes


No HGE, as enfermeiras da SAPF estão adotando todos os cuidados necessários de biossegurança, monitorando cada evolução com fotografias e analisando os avanços relatados também por outros profissionais”, relatou a pesquisadora, a enfermeira Rosário Albuquerque.

Beneficiado

Entre os beneficiados com os resultados da pesquisa está José Justino da Silva, de 77 anos. Segundo Maria Aparecida da Silva, filha do aposentado, apesar do quadro de saúde delicado de seu pai, o cuidado que a Enfermagem tem demonstrado é um acalento para o seu coração, uma vez que o sofrimento de seu herói tem perdido espaço para a satisfação do atendimento recebido.

“É que eu vejo que estão fazendo além do que poderiam fazer. Sem a pesquisa, ele poderia estar recebendo o tratamento orientado com as opções padronizadas do hospital. Mas, com essa pesquisa, vejo que estão indo além, buscando realmente o avanço, a melhora na assistência. É muito cuidado, muita atenção, muito zelo. Só tenho a agradecer por tudo o que tem sido feito e ficar na torcida pela melhora”, disse Maria, que mora com o seu pai no Santos Dumont, bairro da capital alagoana.

A membrana de poliuretano associada à própolis vermelha melhora a cicatrização, reduz desconfortos, riscos de infecções e custos terapêuticos.
A membrana de poliuretano associada à própolis vermelha melhora a cicatrização, reduz desconfortos, riscos de infecções e custos terapêuticos.


O diretor do HGE, Fernando Melro, é um entusiasta do universo acadêmico e, dessa forma, está animado com o futuro promissor da pesquisa. A sua expectativa é de que a maior unidade de Urgência e Emergência de Alagoas seja pioneira em outras pesquisas, as quais poderão contribuir com o sucesso dos serviços oferecidos também em outras unidades de saúde.

“A nossa missão enquanto gestão é viabilizar as condições suficientes, as melhores, para que os nossos pacientes tenham acesso aos nossos serviços, dentro da nossa competência. Parabenizo toda a equipe da SAPF, a enfermeira Rosário que, mesmo aposentada, continua contribuindo com a sociedade, e desejo a todos os estudiosos que atuam no HGE muito sucesso em suas pesquisas”, declarou o gestor do HGE.