Internacional
Homem confessa ter matado 14 pessoas em Ruanda; 12 delas foram enterradas na cozinha
Vítimas de Denis Kazungu eram em sua maioria prostitutas que, segundo ele, teriam-no 'infectado com Aids'; suspeito enfrenta 10 acusações, incluindo assassinato, estupro e profanação de corpos
Um caso envolvendo um suposto serial killer abalou recentemente a Ruanda. Durante seu julgamento no Tribunal Primário de Kicukiro, um homem identificado como Denis Kazungu, de 34 anos, confessou nesta quinta-feira ter matado 14 pessoas — 12 mulheres e dois homens. Como a polícia só encontrou o corpo das 12 mulheres, a acusação se centra em seu assassinato e enterro na cozinha da casa alugada por Kazungu em Kicukiro, na capital Kigali. O suspeito responde por 10 crimes, que incluem assassinato, estupro, falsificação e profanação de cadáveres humanos, segundo a agência All Africa.
Police discovered 12 bodies at this home, but he said that he killed an additional two people whose bodies haven't been found.
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Os crimes de Kazungu foram descobertos pela polícia no início deste mês, mas de maneira indireta. O suspeito foi preso inicialmente por não ter pago sete meses de aluguel, após denúncia do seu locador. O comportamento do homem teria então levantado suspeitas, já que, de acordo com o jornal ruandês The New Times, citado pela rede BBC, ele teria chorado e resistido ao despejo.
— Ele pediu desculpas e chorou excessivamente, o que levantou nossas suspeitas — informou um policial da Ruanda à reportagem local. — Nós o prendemos, e eu o levei pessoalmente à polícia. Foi na delegacia que ele confessou ter matado algumas pessoas, levando o Gabinete de Investigação de Ruanda (RIB, em inglês) a investigar a causa.
As vítimas eram em sua maioria prostitutas. Elas teriam sido atraídas por Kazungu à residência e depois, roubadas, informou um porta-voz do gabinete. Em seguida, “ele teria estrangulado as mulheres até a morte e as enterrado em um buraco cavado na cozinha da casa alugada”.
Kazungu não tem um advogado de defesa. Apesar disso, permaneceu calmo e em silêncio durante todo o julgamento, chegando a virar sua cabeça para olhar a audiência, informou a All Africa. Quando foi chamado a contestar as acusações, o suspeito disse em voz alta e firme que era “culpado”, segundo a BBC.
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O suspeito continuou, alegando que concordava com tudo o que havia sido apresentado pelos procuradores e que não tinha nada a acrescentar, informou a agência africana. Na tentativa de se justificar, Kazungu disse que suas vítimas “deliberadamente o infectaram com Aids”, mas não apresentou provas, disse a BBC. No momento em que se declarou culpado, o jornal britânico disse que uma mulher começou a chorar por seu filho, que alega ter sido vítima do suposto “serial killer”.
O suspeito chegou a pedir que o julgamento ocorresse a portas fechadas — decisão negada pelo júri —, porque, segundo ele, “havia cometido crimes extremos e não queria ser reportado pela mídia”. A decisão final será proferida na próxima terça-feira.
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