Internacional
ONU: Zelensky defende saída da Rússia e punição de crimes de guerra e genocídio
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, realizou um discurso contundente na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, com foco sobretudo em críticas à Rússia pela invasão contra seu país. Zelensky qualificou a Rússia como um Estado "terrorista" e que não deveria ter direito a armas nucleares, e acrescentou que o mundo precisa atuar unido para derrotar esse "agressor". Para ele, a Rússia tem como objetivo "tomar terras ucranianas, em desrespeito à legislação internacional".
Segundo o líder ucraniano, a promoção do desarmamento é uma boa estratégia, "mas não deve ser a única para proteger o mundo de uma guerra final". Zelensky destacou o fato de que os russos usam os alimentos como uma potencial arma no confronto, bloqueando portos e os atacando e restringindo exportações de grãos da Ucrânia. Ele criticou ainda o fato de que Moscou mina um acordo que vinha permitindo essas vendas, com foco na proteção da segurança alimentar global.
O presidente ucraniano também enfatizou o uso pela Rússia do setor de energia, como petróleo e gás, para obter vantagens globais. E acusou a Rússia de usar igualmente a energia nuclear como arma para conseguir vantagem potencial, além de defender que os "crimes de guerra" russos devem ser punidos e os ocupantes do território ucraniano "devem retornar para sua própria terra".
Ainda segundo Zelesnky, nunca o sequestro de crianças havia sido uma "política oficial" como a Rússia faz agora, retirando crianças ucranianas de suas famílias. Ele relatou que as crianças levadas "são ensinadas a odiar a Ucrânia" e considerou que "isso é claramente um genocídio". Zelensky ainda disse que "não podemos confiar no mal", referindo-se novamente à Rússia. "Perguntem a Prigozhin", comentou, referindo-se ao líder do grupo mercenário Wagner, Yevgeni Prigozhin, que chegou a liderar uma rebelião contra o Exército russo, depois voltou atrás. Prigozhin acabou morto na queda de um avião em agosto, em fato considerado suspeito por várias nações que acusaram Moscou de responsabilidade no episódio, entre elas os EUA e a própria Ucrânia.
Ao final de seu discurso, Zelensky foi bastante aplaudido pelos presentes na Assembleia Geral da ONU.
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