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Dissidentes das Farc matam quatro militares da Colômbia um dia antes de negociações com o governo

Incidente aconteceu em uma zona rural do município de Cumbitara, fronteira com o Equador, que concentra boa parte dos campos de coca do país

Agência O Globo - 17/09/2023
Dissidentes das Farc matam quatro militares da Colômbia um dia antes de negociações com o governo

Quatro militares do Exército colombiano morreram em combates com dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) um dia antes de uma reunião dos rebeldes com o governo para consolidar as negociações de paz, informou neste sábado o Ministério da Defesa.

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Em um comunicado, o ministério condenou o assassinato do tenente José Rafael Martínez e dos militares Juan Carlos Silva, Jean Carlos Yaguara e Jhan Sandoval em combate contra um "grupo armado residual", nome utilizado pelo governo para se referir aos grupos que não aderiram ao pacto de paz assinado pelas Farc e o governo colombiano em 2017.

Reunidos no chamado Estado-Maior Central (EMC), os rebeldes dissidentes iniciarão amanhã uma reunião de três dias com o governo para "anunciar a data de instalação da mesa de negociações de paz" e "formalizar o cessar-fogo bilateral", informou a Presidência durante a manhã, horas antes dos soldados serem assassinados.

O incidente aconteceu em uma zona rural do município de Cumbitara, no departamento de Nariño, no sudoeste do país. A região, fronteira com o Equador, concentra boa parte dos campos de coca do país que mais exporta cocaína para o mundo, de acordo com a ONU. A renda proveniente do negócio ilegal é alvo de uma disputa mortal entre diversas facções de dissidentes, a guerrilha do ELN e o grupo Clan del Golfo.

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À meia-noite de 31 de dezembro, ele anunciou uma trégua bilateral com as cinco principais organizações. No entanto, o acordo com a EMC foi suspenso em maio, quando os rebeldes assassinaram quatro jovens indígenas que resistiram ao recrutamento.

O processo é apoiado pela Noruega, Suíça, Irlanda e União Europeia, além da Igreja Católica, mas especialistas questionam a unidade de comando do EMC, liderado por ex-veteranos das Farc mas com novos recrutas na base.