Internacional
Lula embarca nesta sexta-feira para Cuba para discutir agenda de nações emergentes
No domingo, o presidente viajará para Nova York, onde fará o discurso de abertura da Assembleia-Geral da ONU
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca, nesta sexta-feira, para Havana, onde participará de uma reunião de líderes do G77 — grupo formado por 134 nações em desenvolvimento. Convidada, a China enviará um representante para o encontro que, na visão do governo brasileiro, ajudará a resgatar a agenda do Sul Global.
No sábado, Lula fará um discurso voltado para as reivindicações dos países em desenvolvimento. São exemplos a maior participação no Conselho de Segurança da ONU e a renegociação de dívidas com o Fundo Monetário Internacional (FMI). O presidente também deverá fazer críticas aos países riscos, por não terem cumprido compromissos para combater o aquecimento global.
A agenda de Lula também prevê uma reunião bilateral com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel. O país caribenho passa por grave desabastecimento de itens básicos, como alimentos, remédios e energia. Porém, como deve US$ 520 milhões ao Brasil, está impedido de receber recursos de instituições como o BNDES.
Lula embarcará para Nova York no domingo, dia 17, onde ficará até o dia 21, na próxima quinta-feira. No dia 19, o presidente brasileiro fará um discurso, no dia 19, na abertura da Assembleia-Geral da ONU. Vai reforçar sua pauta de combate à fome, redução das desigualdades, clima e reforma do Conselho de Segurança da ONU.
Há vários pedidos de reuniões bilaterais com Lula, mas a lista ainda não foi fechada e é guardada a sete chaves pelo governo. Por enquanto, estão confirmados somente encontros com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e o diretor-geral da Organização Mundial da Sáude (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.
A expectativa é que, nos dias 18 e 20, respectivamente, o presidente participará de duas reuniões com os demais líderes, convocadas por Guterres: uma sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que são compromissos para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade; e a Cúpula de Ambição Climática.
— A ida de Lula a Nova York é a coroação do retorno do Brasil aos fóruns multilaterais — afirmou Carlos Márcio Cosendey, secretário de Assuntos Multilaterais Políticos do Itamaraty.
Ele se referia a participações de Lula em eventos ocorridos no decorrer deste ano. São exemplos a reunião do G7, no Japão, para a qual o presidente foi convidado, em julho; a Cúpula do Brics, na África do Sul, no mês passado; e a Cúpula do G20, na Índia, no último fim de semana.
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