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The Town: Marina Sena dá aula de Gal Costa para a Geração Z
Cantora faz apresentação com repertório óbvio, mas com execução regada a bom gosto

Com um "Fruta Gogoia" a capela, a cantora Marina Sena abriu a tarde no palco The One o seu aguardado show em homenagem a Gal Costa. Se a primeira música remeteu aos tempos do clássico show "Fa-tal", de 1971, a seguinte "Quando você olha pra ela", de Mallu Magalhães, era a de uma Gal dos anos 2010 - embora na vestimenta e nos gestos, Marina tenha optado por recriar a baiana revolucionária dos anos 1970.
A plateia, boa parte da qual conhecia pouco ou nada da obra de Gal, respondeu com entusiasmo ao começo do show - uma prova de fogo que ela se saiu sem muitas queimaduras.
Era "o repertório que eu ensaiei a vida inteira", da "maior cantora do mundo", "a voz que me tirou do interior" - e Marina sabe bem que não é Gal, e por isso fez a sua interpretação possível - Marina tropical, com uma banda correta e arranjos bem adequados a sua voz.
"Mamãe Coragem" e "Dê um rolê", logo no começo, entregaram uma carta de intenções mais modesta do que ela de fato mostrou em "Nada mais" (só ao piano, muito aplaudida e com todos os agudos certos) e "Força estranha" - desfiladeiros da canção que Marina atravessou com segurança e um jeitinho todo mineiro de ser.
Na categoria dos simpáticos, ficaram "Avarandado", uma dupla "Vapor barato" e "Como dois e dois" carregada de blues. Ao fim, um áudio de Tom Zé louvando Gal (na época em que foram namorados) introduziu a pessoal e intransferível "Meu nome é Gal", em que a cantora se jogou perigosamente no desafio dos agudos - mas seu nome é Marina (o que ela fez questão de dizer para a plateia) e tudo saiu Marina Sena mesmo - com validação da plateia.
Houve, é verdade, uns vocais fora de lugar ou interpretações mais equivocadas em "Baby", "Brasil", "Divino maravilhoso" e "Lágrimas negras". O repertório pode ter sido quase óbvio, mas o bom gosto com que foi executado fez o show valer como uma aula de Gal Costa para a geração Z.
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