Internacional
Dois alemães são acusados de alta traição por espionar para a Rússia
Identificados como Carsten L. e Arthur E., dupla foi acusada de trabalhar para obter informação confidencial da Agência Federal de Inteligência (BND)
Dois alemães foram acusados do crime de alta traição por tramar para recolher documentos supostamente secretos de Estado dos serviços de Inteligência de Berlim para entregá-los à Rússia, informaram os procuradores nesta sexta-feira.
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Os indiciados, identificados como Carsten L. e Arthur E., foram acusados de trabalhar com um empresário russo para "obter informação confidencial" da Agência Federal de Inteligência (BND) da Alemanha e entregá-la aos serviços russos (FSB).
Os documentos continham informação confidencial cujo vazamento supôs um grave risco para a segurança da Alemanha, afirmou o Ministério Público. Os acusados correm risco de serem condenados à prisão perpétua.
Carten L. trabalhava nos serviços alemães de inteligência e foi preso em dezembro de 2022. Seu suposto cúmplice foi preso um mês depois, quando chegou a Munique em um voo vindo dos Estados Unidos.
Essa suposta trama de espionagem gerou um grande alvoroço midiático na Alemanha, onde já foram divulgados vários casos de supostos vazamentos desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em 2022. O primeiro acusado foi indiciado por supostamente passar documentos do BND a Arthur E., que os entregou a contatos na Rússia, segundo um comunicado do Ministério Público.
Em setembro e outubro de 2022, Carsten L. imprimiu ou fez capturas de tela de nove documentos internos do BND, segundo a acusação. Depois, enviou a informação a Arthur E. e este levou as imagens dos documentos para Moscou e entregou-as ao FSB russo.
Os investigadores revelaram que um empresário russo organizou os contatos em Moscou e pagou os voos de Arthur E.
Os serviços russos pagaram a Carsten L. pelo menos 450.000 euros (482.000 dólares ou 2,4 milhões de reais) e pelo menos 400.000 euros (428.000 dólares ou 2,1 milhões de reais) a Arthur E., que recebeu o dinheiro em cédulas em Moscou, segundo a acusação.
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