Internacional
Enchentes na Grécia deixam 10 mortos, e operação de resgate continua
Até quarta-feira, balanço de vítimas pela tempestade Daniel, que atingiu no início da semana a região de Magnésia, era de três mortos, entre eles uma idosa de 87 anos
Pelo menos 10 pessoas morreram devido às intensas enchentes na Grécia nesta semana, segundo um novo balanço das autoridades. Quase 500 bombeiros, apoiados pelo Exército, participam das operações de resgate de centenas de habitantes ilhados pelas chuvas torrenciais.
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— Infelizmente, dez dos nossos concidadãos perderam a vidas nas enchentes, e há quatro pessoas desaparecidas — informou o ministro grego da Defesa Civil, Vassilis Kikilias, em entrevista coletiva.
Todas as vítimas fatais das chuvas torrenciais que caíram entre quarta e quinta-feira foram encontradas na região da Tessália, a cerca de 300km de Atenas.
No marco de uma "imensa operação" participam 480 bombeiros, que utilizam 195 veículos, como helicópteros e botes salva-vidas para chegar aos vilarejos da região, bloqueados pela cheias dos rios.
As ruas se transformaram em riachos, e as casas estão submersas em localidades como Palamas, observou um jornalista da AFP. Segundo os socorristas, ao menos quatro pessoas estão desaparecidas nos departamentos de Magnésia e Carditsa.
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Na segunda e na terça-feira, Magnésia foi afetada pela tempestade Daniel, classificada como fenômeno "extremo" pela quantidade de água que caiu em 24 horas. A chuva atingiu em particular a cidade portuária de Volos e as cidades da montanha Pelion, antes de alcançar os arredores de Carditsa e Trikala na quarta-feira.
As chuvas provocaram a morte de três pessoas. Uma mulher de 87 anos, desaparecida desde terça-feira, um homem de 51 anos, encontrado morto perto de Volos depois de ser arrastado por uma enchente, e um outro corpo não identificado.
Os moradores das regiões afetadas temem que o número de mortos aumente:
— É quase certo que haverá mais mortos — lamentou o agricultor Christodoulos Makris, de 53 anos, que conseguiu fugir em seu trator de Palamas para a cidade vizinha.
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Cerca de 200 turistas foram retirados da montanha Pelion nos últimos dias, informaram os bombeiros na quinta-feira. Em Farkadona, a 330km a noroeste da capital grega, o nível de água passou de um metro de altura, e muitas casas foram inundadas, constatou a AFP.
À medida que o mundo aquece, a atmosfera contém mais vapor d'água, o que aumenta o risco de fortes precipitações em algumas partes do mundo, principalmente na Ásia, na Europa Ocidental e na América Latina. Combinados com outros fatores, como a urbanização, esses eventos de chuvas fortes provocam inundações.
A catástrofe natural atinge um país que ainda se recupera de semanas de incêndios florestais. No fim de agosto, o fogo consumiu uma região florestal do Monte Parnitha, um dos quatro que circundam a capital da Grécia, Atenas, além das cidades de Menidi, Hasia e Fyli, essas últimas perto da capital. Pelo menos 20 pessoas morreram, em sua maioria imigrantes.
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