A Rússia afirmou neste sábado que derrubou três drones navais ucranianos que tinham como alvo a estratégica "Ponte da Crimeia" que liga a Rússia à península ucraniana anexada por Moscou em 2014. A "Ponte da Crimeia" foi inaugurada em 2018 e atualmente é vital para os russos para a logística militar nos conflitos contra a Ucrânia.

Troca de ofensas: Presidente da Colômbia compara Milei a Hitler após argentino chamar socialistas de 'excremento humano'

Persiguição a dissidentes: Irã aumenta repressão temendo protestos no aniversário de morte de jovem por uso incorreto do véu

A ataque aconteceu depois de Kiev assumir esta semana pela primeira vez a responsabilidade por um ataque de aeronave não tripulada lançado a partir de território russo.

A ponte do estreito de Kerch é estratégica no conflito, uma vez que a Rússia a utiliza para transportar material militar para as suas tropas em território ucraniano. Por isso, a construção é frequentemente atacada pelas forças de Kiev.

O Ministério da Defesa russo disse que os drones ucranianos foram abatidos. Segundo a Rússia, outros dois ataques de mísseis ucranianos contra a ponte foram impedidos anteriormente, o mais recente em 12 de agosto, e um outro em julho, que causou danos significativos à estrada da ponte.

Durante o conflito, iniciado em fevereiro de 2022, a Rússia sofreu vários ataques de drones, além de uma série de incursões armadas de combatentes russos pró-ucranianos. Mas esta é a primeira vez que o governo ucraniano reconhece operar dentro do território russo.

O aeroporto de Pskov, uma cidade russa perto da fronteira da Estónia, Letónia e Bielorrússia, a quase 700 quilómetros da Ucrânia, foi atacado por drones na noite de terça-feira.

“Os drones usados ​​para atacar a base aérea ‘Kresty’ em Pskov foram lançados da Rússia”, disse o chefe da inteligência militar ucraniana, Kyrylo Budanov, no Telegram na sexta-feira.

As declarações deste comando de inteligência ocorrem num contexto de especulação sobre qual a estratégia que a Ucrânia está a seguir face ao aumento dos ataques de drones contra alvos na Rússia atribuídos às forças de Kiev.