Internacional
Atirador mata três homens negros na Flórida; crime teve 'motivação racial', diz polícia
Autoridades afirmam que o atirador, que também morreu, deixou manifesto detalhando 'nojenta ideologia de ódio'; vítimas estavam do lado de fora de uma loja popular

Um homem branco matou três homens negros do lado de fora de uma loja de descontos em Jacksonville, no estado americano da Flórida, em um crime que a polícia local afirmou ter "motivação racial". O atirador, que não foi identificado, morreu no local depois de disparar contra si.
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Segundo as autoridades, o ataque ocorreu por volta das 13h, e o atirador portava uma pistola e um fuzil AR-15, frequentemente associado a ataques em massa nos Estados Unidos — as armas tinham desenhos de suásticas nazistas, afirmou a polícia. Depois do ataque ele entrou na loja, onde montou uma barricada e efetuou ao menos um disparo contra o próprio corpo, morrendo no local.
Em entrevista coletiva, o xerife de Jacksonville, T.K. Waters, confirmou que se tratou de um crime de ódio, com motivação racial.
— Seu alvo era um determinado grupo de pessoas, os negros, que ele disse que queria matar. E isso está muito claro — disse o xerife. — O ataque teve motivação racial, e ele odiava negros.
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Ele revelou ainda a existência de uma série de manifestos, nos quais o assassino revelou uma "nojenta ideologia de ódio", além de detalhar a motivação do ataque. Esses documentos estavam no computador do homem, e chegaram a ser encontrados pelo pai pouco antes do ataque, mas não a tempo de impedir os assassinatos dos três homens. O FBI anunciou a abertura de uma investigação sobre o caso, que foi classificado de crime de ódio.
O ataque em Jacksonville ocorreu em um fim de semana marcado por tiroteios nos Estados Unidos. Em Boston, sete pessoas ficaram feridas em uma troca de tiros durante uma parada nas ruas da cidade. Na sexta, uma discussão em uma partida de futebol americano deixou três feridos e um morto no estado de Oklahoma, e na manhã de sábado quatro pessoas foram encoontradas mortas em um apartamento em Maryland.
Segundo a organização Gun Violence Archive, foram registrados 470 ataques com quatro ou mais vítimas nos EUA desde o começo do ano, um dos patamares mais altos desde 2013.
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