Internacional
Lula sobre novos países no Brics: 'Não quero saber que pensamento ideológico tem o governante'
No último dia do encontro de cúpula na África do Sul, presidente brasileiro diz que grupo é 'filho que viu nascer' e está crescendo com a adesão de novos países
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira que "não quer saber" da posição ideológica dos governantes dos países que passaram a fazer parte do Brics, mas sim da "importância geopolítica" de cada nação. No momento em que tenta ampliar sua influência no cenário internacional, o bloco aprovou o ingresso da Arábia Saudita, da Argentina, dos Emirados Árabes Unidos, do Egito, do Irã e da Etiópia.
Lula ainda afirmou que outros países estão pedindo para entrar no bloco e que a mesma forma "seletiva e criteriosa" será levando em conta.
— Outros países vão pedir, e vamos fazer da mesma forma seletiva, criteriosa escolhendo as pessoas de acordo com a importância geopolítica de cada pais. O que está em jogo aqui não é a pessoa do governo, é o país, é a importância do país. Não quero saber que pensamento ideológico tem o governante, quero saber se o país está dentro dos critérios que estabelecemos para fazer parte dos Brics — disse.
O presidente brasileiro ressaltou ainda que o grupo agora tem quase 37% do PIB mundial, pelo critério de poder de paridade de compra, que diminui os efeitos da conversão de moedas desvalorizadas em relação ao dólar.
— Mais importante é que com a entrada dos novos países, o PIB de paridade de compra do G7 (Lula queria dizer Brics) passa praticamente para quase 37% e vocês sabem que a vinda da Argentina, da Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes, Etiópia e Irã é muito importante — disse o presidente brasileiro.
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