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Governo russo diz que Prigojin estava no avião que caiu na Rússia, matando 10 pessoas a bordo

Os corpos de todos que viajavam a bordo do jato acidentado foram recuperados do local, diz agência russa de notícias

Agência O Globo - 23/08/2023
Governo russo diz que Prigojin estava no avião que caiu na Rússia, matando 10 pessoas a bordo
Yevgeny Prigojin - Foto: Reprodução

Yevgeny Prigojin, fundador do grupo mercenário Wagner que organizou um breve motim contra a liderança militar da Rússia em junho, estava entre os passageiros do avião que caiu nesta quarta-feira na região russa de Tver, ao norte de Moscou, matando todas as 10 pessoas a bordo, segundo autoridades da Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia.

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"Foi iniciada uma investigação sobre a queda do avião da Embraer que ocorreu na região de Tver (...). De acordo com a lista de passageiros, o nome e o sobrenome de Yevgeny Prigojin estavam nesta lista", afirmou a agência.

Os outros seis passageiros do jato particular eram Sergey Propustin, Yevgeny Makaryan, Alexander Totmin, Valery Chekalov e Nikolay Matyuseyev e Dmitry Utkin — este último, comandante e cofundador do Wagner. Também estavam a bordo da aeronave três tripulantes: Aleksei Levshin, comandante; Rustam Karimov, copiloto; e Kristina Raspopova, comissária de bordo.

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Os corpos de todas as 10 pessoas que viajavam a bordo do avião foram recuperados do local e a operação de busca foi concluída, afirmou a agência de notícias Interfax, citando serviços de emergência russos.

O avião saiu do aeroporto Sheremetyevo, em Moscou, por volta das 18h, horário local (às 12h no horário de Brasília), com destino a São Petersburgo, e caiu a menos de 160 quilômetros a noroeste, perto da cidade de Tver.

Horas após a queda da aeronave, um canal do Telegram ligado a Prigojin afirmou que o líder do Wagner havia sido morto "como resultado de ações de traidores da Rússia", escreveu o Gray Zone.

Em junho, Prigojin organizou um motim contra o Exército russo, que durou menos de 24 horas. Depois, acabou exilado na Bielorrússia. Apesar das suas ações, ele parecia circular livremente após o motim.

O incidente ocorre no mesmo dia da demissão do general Sergei Surovikin, suspeito de apoiar o motim do grupo há exatos dois meses. Surovikin era vice-comandante das operações militares da Rússia na Ucrânia e não era visto publicamente desde junho. Segundo a agência estatal RIA Novosti, ele foi substituído pelo general Viktor Afzalov.

(Em atualização)