Internacional
Estudantes russos poderão treinar como pilotar drones de combate
Cursos voltados para estudantes do Ensino Médio terão um total de 140 horas, destinando-se a familiarizar os alunos com armas de guerra
Estudantes russos do ensino médio poderão se formar em pilotagem de drones de combate a partir de setembro, informou o Ministério da Educação nesta segunda-feira. A formação, que existia nos tempos soviéticos, será voltada para alunos entre 15 e 17 anos no âmbito da "formação militar inicial".
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De acordo com o documento, os adolescentes poderão se familiarizar com "os meios de uso militar dos drones" ou sobre como "realizar missões de reconhecimento com a ajuda de um drone". Também terão a possibilidade de "executar ações concretas de pilotagem de drones" e aprender como parar "drones adversários".
Os cursos, que começarão no próximo ano letivo 2023-2024, terão uma duração total de 140 horas e destinam-se, principalmente, a familiarizar os alunos com armas de guerra, como o fuzil de assalto Kalashnikov.
— A introdução dessa matéria nas escolas permitirá preparar sistematicamente os cidadãos para um eventual confronto com o inimigo — justificou o parlamentar Sergei Mironov, que propôs a iniciativa, em novembro de 2022.
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No conflito, os drones são usados de forma pesada por ambos os lados, e o território russo é alvo de ataques com tais dispositivos quase todos os dias.
No domingo, militares russos neutralizaram um ataque de drones ucranianos contra Moscou e a região metropolitana da capital e, durante a noite de sábado para domingo, também houve ataques de drones ucranianos contra as regiões russas de Kursk (oeste), causando cinco feridos, e em Rostov, perto da fronteira com a Ucrânia.
Os ataques acontecem depois de um sangrento bombardeio russo no centro da cidade ucraniana de Chernigov, longe das linhas de frente.
Desde o início da Guerra na Ucrânia, várias iniciativas foram lançadas pela Rússia para incutir o patriotismo nas escolas. A semana escolar começa com o hino nacional e uma cerimônia de hasteamento da bandeira. Além disso, foram criadas "discussões sobre o que importa", nas quais se fala, principalmente, sobre as hostilidades na Ucrânia e se justifica a ofensiva russa contra o país vizinho.
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