Muito famoso no universo das academias, o Whey Protein é feito com as proteínas presentes do soro do leite e ajuda no aumento da massa muscular, na imunidade e no desempenho em atividades físicas. Ele complementa a alimentação, oferecendo uma alternativa a quem necessita ou deseja aumentar a ingestão de proteínas.

Quais são os tipos de Whey?

Quando se compra um queijo minas e deixa dentro de um pote, o soro que sai do leite tem a proteína, mas também lactose e gordura. A partir desse soro, a indústria alimentícia consegue filtrá-lo para transformar no produto que é comercializado nas lojas.

Ele pode ser encontrado em três diferentes categorias: isolado (90 a 95% de proteínas), concentrado (80% da proteína, 20% de carboidratos e gorduras) e hidrolisado (podem chegar a 90% de proteínas), que se diferem em relação à concentração das substâncias. Entenda as funções de cada um deles:

Isolado

A versão isolada é a que tem maior grau de "pureza", pois são removidas a lactose e as gorduras. As proteínas ficam mais concentradas depois de passar por um processo específico de filtragem, o que aumenta a velocidade de absorção pelo organismo.

Ele é indicado para quem deve consumir alta quantidade de proteína diariamente, ou em dietas que determinam baixo consumo de carboidratos. Também é uma opção aos intolerantes à lactose.

Concentrado

A versão concentrada é a que tem a velocidade de absorção mais lenta entre os três tipos. Tem este nome por apresentar uma quantidade de 80% a 90% de concentração de proteínas do soro do leite, reduzindo a quantidade de carboidratos e gorduras.

Esta opção é recomendada para quem busca uma alternativa proteica, mas que não tenha nenhuma restrição de carboidratos. Não é recomendado para intolerantes à lactose.

Hidrolisado

O tipo hidrolisado do Whey é feito com o processo de hidrólise. Nele, as proteínas são quebradas para facilitar a digestão. Dentre os três é o mais caro por ter a produção mais complexa. Pode ser consumido antes ou depois do treino. Não contém lactose.

Quando utilizar o suplemento?

A nutricionista clínica Sara Menezes, formada pela Universidade Tiradentes (Unit), de Sergipe, explica que muitas pessoas acreditam que o produto só pode ser consumido por praticantes de atividades físicas.

— Mas isso não é a verdade. Ele pode ser utilizado por atletas e quem realiza atividades físicas intensas, por pessoas com deficiência de absorção de proteína ou idosos, que convivem com a sarcopenia, a perda de massa muscular ao longo do tempo — Sara ressalta.

A utilização vai muito além da questão física: para pacientes internados na UTI, por exemplo, o Whey pode fazer parte da dieta junto a outros suplementos. E como citado acima, no caso dos idosos, a suplementação proteica aliada a exercícios físicos pode combater o processo de sarcopenia, deixando-os com a musculatura mais resistente.

Os benefícios do suplemento

A nutricionista aponta que o Whey tem alta concentração de cálcio, o que traz benefícios para a saúde óssea do corpo. Além disso, a proteína (que é composta por cadeias de aminoácidos) tem um enorme papel no sistema imunológico. Elas são as responsáveis pela formação e manutenção da saúde das células, de forma que a sua presença ajuda na proteção do corpo contra infecções e inflamações.

— Por isso, o consumo do suplemento pode ajudar no aumento da força e da massa muscular após a prática de atividades intensas — explica.

Efeitos colaterais

Assim como o uso exagerado de qualquer alimento, tomar o suplemento em excesso pode resultar no ganho de peso. E grandes quantidades de proteína no organismo também podem levar a uma sobrecarga renal. Por isso, o acompanhamento nutricional pode ajudar a determinar o ideal diário.

Ainda assim, é importante ter atenção no momento da compra do suplemento:

— O Whey só funciona bem quando tem maior quantidade de proteínas do que carboidratos, é preciso sempre olhar o rótulo para confirmar — conclui a nutricionista.