Internacional

Rússia e China realizam exercícios navais no Pacífico

Um porta-voz do Ministério da Defesa chinês adiantou que as manobras 'não são dirigidas a terceiros e não estão relacionadas à atual situação internacional e regional'

Agência O Globo - 18/08/2023
Rússia e China realizam exercícios navais no Pacífico

Navios de guerra russos e chineses estão realizando exercícios conjuntos no Oceano Pacífico, que incluem treinamento de resgate e manobras de contra-ataque aéreo, disse o Ministério da Defesa da Rússia, nesta sexta-feira. As ações devem durar até domingo.

As manobras militares ocorrem num momento em que Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão se reúnem, nesta sexta-feira, para reforçar os laços de segurança, numa clara sinalização de unidade à China e também à Coreia do Norte.

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“Um destacamento de navios da Marinha Russa e da Marinha do Exército de Libertação do Povo Chinês está atualmente operando nas águas do Mar da China Oriental”, disse o ministério, em comunicado.

“Durante esse período, os marinheiros de ambos os países praticam exercícios antissubmarinos, repeliram um ataque aéreo inimigo simulado, realizaram treinamento de resgate marítimo e aprimoraram as técnicas de decolagem e pouso de helicópteros nos conveses dos navios de guerra”, acrescentou.

Em um vídeo transmitido pela agência de notícias estatal russa TASS, nove navios são vistos em uma formação de diamante navegando em paralelo.

Nos exercícios, as tropas também realizam manobras "para reabastecer as reservas de combustível dos navios e transferir cargas em andamento", disse o ministério.

Desde o início dos exercícios, a frota conjunta dos dois países navegou mais de 6.400 milhas náuticas (11.850 quilômetros).

Moscou e Pequim se aproximaram nos últimos anos, enquanto os laços da Rússia com os países ocidentais desmoronaram devido ao conflito na Ucrânia.

Um porta-voz do Ministério da Defesa chinês disse na segunda-feira que as frotas navais dos dois países estavam realizando patrulhas conjuntas no norte e no oeste do Oceano Pacífico.

"Essas ações não são dirigidas a terceiros e não estão relacionadas à atual situação internacional e regional", afirmou.

O ministro da Defesa chinês, Li Shangfu, participou de uma conferência internacional de segurança em Moscou nessa semana, em que pediu maior cooperação militar.

Ambas as potências aumentaram os exercícios conjuntos nos últimos meses e, em julho, realizaram patrulhas aéreas nos mares do Japão e do leste da China.

Essas manifestações causam preocupação na região. Durante os exercícios de julho, a Coreia do Sul destacou caças a jato por precaução.