Economia
Desligar o ar-condicionado economiza gasolina? Tanque cheio 'pesa' no carro?
Após o reajuste feito pela Petrobras, guia mostra como reduzir em até 25% os gastos com o combustível

A Petrobras reajustou os preços da gasolina nas refinarias a partir desta quarta-feira e, com isso, o litro do combustível deve ter alta de 6% nas bombas.
Para o motorista que quer economizar o máximo possível ao volante, o GLOBO preparou um guia sobre o que é mito e o que é verdade na hora de fazer uma “direção defensiva” contra a alta de preços.
Veja abaixo as dicas dos especialistas em engenharia de trânsito e mecânica de automóveis e saiba como reduzir em até 25% seus gastos.
Nesta ferramenta, é possível ver o quanto se economiza de energia com cada procedimento.
Caso não consiga visualizar a calculadora, clique aqui.
Desligar o ar compensa? Nem sempre
Em agosto, o clima mais fresco em algumas cidades do país pode ser um convite a desligar o ar-condicionado para reduzir o consumo de gasolina. E essa, quase sempre, é uma das medidas mais eficazes. Manter o aparelho desligado pode fazer o motorista poupar até 25%, explica o engenheiro mecânico e de automóveis Marcio D'Agosto, professor de Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ.
Mas, em estradas e vias expressas, nem sempre compensa o sacrifício de desligar o ar-condicionado e abrir as janelas. Isso porque, com os vidros fechados, a resistência aerodinâmica é reduzida, e a economia de combustível pode chegar a 10%.
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O técnico de Educação Profissional do Senai Adilson Dantas acrescenta que, nas estradas, onde o motorista trafega com uma velocidade mais estável, o ar-condicionado vale a pena porque o gasto se dilui no consumo geral.
Esvaziar o porta-malas ajuda? Sim
Quanto mais leve o carro, menor o consumo de energia. Então o motorista que acumula volumes no porta-malas precisa fazer uma faxina. A carga desnecessária sobrecarrega o veículo, que precisa de mais força para acelerar, e, por isso, consume mais combustível.
Tanque cheio ‘pesa’ no consumo? É relativo
Há quem diga que é mais econômico abastecer pouco a pouco ao para reduzir o peso do carro e, assim, gastar menos combustível. Para D'Agosto, abastecer menos para trafegar com o carro mais leve não traz muita economia, principalmente se o motorista eventualmente calcular mal consumo e ficar sem combustível.
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As paradas nos postos também vão afetar a performance geral, reduzindo o período em “velocidade de cruzeiro”. Dantas avalia que o abastecimento deve acompanhar o consumo: “o tanque precisa estar na medida da sua necessidade, ficar cheio e não usar é carregar peso desnecessário, mas trafegar com pouco combustível também é perigoso e pode comprometer o desempenho do veículo”.
Para ambos os especialistas, o motorista precisa, sobretudo, abastecer em postos confiáveis, para evitar combustíveis adulterados ou de má qualidade, o que pode comprometer a mecânica do veículo. Aí o peso no bolso pode ficar muito maior.
‘Pisar leve’ economiza? Depende
Outra estratégia que faz parte da rotina de muitos motoristas é a redução da velocidade média. Muitos caminhoneiros adotam a prática, ainda que isso torne as viagens mais longas.
Para os especialistas, no entanto, a condução mais lenta não necessariamente faz o veículo poupar combustível. O que interfere é se a velocidade é estável num determinado trecho, evitando acelerações e frenagens bruscas. O professor da UFRJ lembra que o motorista precisa manter a rotação do motor na faixa de 2 mil RPM (rotações por minuto), trocando a marcha de maneira correta para ficar nesse patamar.
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Veículos automáticos, acrescenta, são em tese programados para cumprir a lógica de menor consumo, mas é preciso prestar atenção se o carro foi bem regulado e avaliar isso nas manutenções. Segundo o especialista, a direção eficiente pode resultar numa economia de 5% a 20% no consumo de combustível.
‘Banguela’ ladeira abaixo? Nem pensar
Nas descidas, conduzir o veículo em ponto morto, prática conhecida como “banguela”, além de muito perigoso para o caso de ser preciso frear, aumentando o risco de acidentes, não traz economia de combustível.
Os especialistas apontam que isso pode provocar desgaste excessivo no sistema de freio, principalmente em veículos mais pesados, o que pode gerar inclusive custos adicionais. O certo é descer com o veículo engrenado.
D'Agosto lembra que a manutenção em dia é essencial. Filtros de ar e combustível devem ser limpos com frequência e velas precisam ser trocadas, seguindo as recomendações do fabricante. Tudo para melhorar a performance do veículo.
Os pneus também devem receber atenção. Normalmente, o fabricante determina na parte interna da tampa de abastecimento qual a calibragem indicada se o carro estiver apenas com o motorista ou com a capacidade total de passageiros. Calibre com frequência: pneus murchos geram mais área de atrito do carro com a pista, além de se deformarem mais, gastando mais energia.
‘Pisar leve’ economiza? Depende
Outra estratégia que faz parte da rotina de muitos motoristas é a redução da velocidade média. Muitos caminhoneiros adotam a prática, ainda que isso torne as viagens mais longas.
Para os especialistas, no entanto, a condução mais lenta não necessariamente faz o veículo poupar combustível. O que interfere é se a velocidade é estável num determinado trecho, evitando acelerações e frenagens bruscas. O professor da UFRJ lembra que o motorista precisa manter a rotação do motor na faixa de 2 mil RPM (rotações por minuto), trocando a marcha de maneira correta para ficar nesse patamar.
Veículos automáticos, acrescenta, são em tese programados para cumprir a lógica de menor consumo, mas é preciso prestar atenção se o carro foi bem regulado e avaliar isso nas manutenções. Segundo o especialista, a direção eficiente pode resultar numa economia de 5% a 20% no consumo de combustível.
‘Banguela’ ladeira abaixo? Nem pensar
Nas descidas, conduzir o veículo em ponto morto, prática conhecida como “banguela”, além de muito perigoso para o caso de ser preciso frear, aumentando o risco de acidentes, não traz economia de combustível.
Os especialistas apontam que isso pode provocar desgaste excessivo no sistema de freio, principalmente em veículos mais pesados, o que pode gerar inclusive custos adicionais. O certo é descer com o veículo engrenado.
D'Agosto lembra que a manutenção em dia é essencial. Filtros de ar e combustível devem ser limpos com frequência e velas precisam ser trocadas, seguindo as recomendações do fabricante. Tudo para melhorar a performance do veículo.
Os pneus também devem receber atenção. Normalmente, o fabricante determina na parte interna da tampa de abastecimento qual a calibragem indicada se o carro estiver apenas com o motorista ou com a capacidade total de passageiros. Calibre com frequência: pneus murchos geram mais área de atrito do carro com a pista, além de se deformarem mais, gastando mais energia.
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