Internacional
Incêndios no Havaí: Biden marca visita à região após críticas à resposta federal para tragédia
Presidente americano declarou rapidamente estado de desastre natural na região, mas tem evitado comentar sobre o número de vítimas, que já passam de 100

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, viajará na próxima segunda-feira para a ilha de Maui, no Havaí, em meio a críticas à resposta do governo federal aos incêndios mortais que devastaram o arquipélago, deixando mais de 100 pessoas mortas e mais de 1.300 desaparecidas até o momento.
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Biden "se reunirá com socorristas, sobreviventes e funcionários", anunciou sua porta-voz, Karine Jean-Pierre, em um comunicado. Ele quer avaliar pessoalmente "o impacto dos incêndios" e falar dos "próximos passos" nas operações de resgate, acrescentou.
O democrata lidera "uma resposta de todo o governo" federal e "se comprometeu a fornecer ao povo do Havaí tudo o que precisa", disse sua porta-voz.
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A Casa Branca acredita que as operações de busca de vítimas alcançarão, na próxima semana, um grau que permita uma visita presidencial, a qual mobiliza importantes recursos logísticos e de segurança.
Os residentes do Havaí reclamaram do ritmo da resposta do governo federal ao desastre.
Biden declarou rapidamente estado de desastre natural no Havaí, o que possibilita mobilizar recursos de emergência, e manteve contato com o governador do estado, Josh Green, mas evitou comentar sobre o assunto. Ele mencionou os incêndios na quinta-feira passada, e de forma breve, mas não fez isso quando o número de vítimas aumentou, exponencialmente, no fim de semana.
— Sem comentários — respondeu o presidente americano, no fim de semana, quando questionado por um repórter em Rehoboth Beach, Delaware.
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O presidente americano também alegou que ainda não visitou o Havaí por temer que isso desviasse recursos e atenção da resposta humanitária.
— Não quero atrapalhar. Já estive em muitas áreas de desastre — afirmou na terça-feira. — Quero ter certeza de que não interromperemos os esforços de recuperação em andamento.
Até agora, mais de 500 funcionários federais de emergência foram enviados para ajudar nos esforços de socorro, incluindo 150 especialistas em busca e resgate. Pessoal adicional está sendo enviado a Maui para ajudar os que já estão no local, acrescentou Biden, que será acompanhado pela primeira-dama, Jill, na próxima segunda-feira.
— Todos os recursos federais disponíveis [na região serão usados para os esforços de recuperação, incluindo o Exército dos EUA e a Guarda Costeira — declarou Biden. — É um trabalho árduo. Leva tempo e é estressante.
A oposição republicana considera insuficiente sua resposta aos incêndios, os mais letais em mais de um século nos Estados Unidos.
Aproximadamente 80% de Lahaina — uma cidade de cerca de 12 mil habitantes — foi destruída pelo incêndio. (Com AFP)
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