Internacional
Opositor russo Navalny é condenado novamente, e pena total vai a 28 anos
O ativista recebeu sentença, nesta sexta-feira, de 19 anos de prisão por 'extremismo' e já cumpre pena de 9 anos por fraude

A justiça da Rússia condenou o opositor Alexei Navalny a uma pena adicional de 19 anos de prisão por promover o "extremismo", elevando a sentença total do principal nome da oposição ao presidente Vladimir Putin a 28 anos. Navalny já cumpre 9 anos de reclusão por fraude e está preso desde janeiro de 2021.
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Na véspera do anúncio da nova sentença, ele havia antecipado que seria uma pena “longa” e “stalinista”. No mês passado, a Promotoria russa havia pedido que o tempo de reclusão chegasse a 20 anos.
O ativista anticorrupção de 47 anos era um dos poucos nomes de uma oposição real a Putin na Rússia. Ele foi preso logo que chegou ao país após passar por tratamento médico na Alemanha, em 2021. Navalny quase morreu ao ser envenenado, em 2020, após entrar em um voo na Sibéria, em um episódio que autoridades ocidentais classificaram como uma tentativa de assassinato.
Especialistas afirmaram que ele foi exposto à substância Novichok, usada como arma química e desenvolvida na antiga União Soviética. O Kremlin nega qualquer participação no caso. Depois da detenção de Navalny, Fundo de Luta contra a Corrupção (FBK) foi alvo de severa perseguição judicial.
O processo atual foi conduzido a portas fechadas na colônia penitenciária de segurança máxima IK-6, em Melekhovo, a 250 quilômetros a leste de Moscou, onde ele é mantido sob custódia. Imagens exibidas em um telão a jornalistas que acompanhavam a audiência mostraram o ativista assistindo à leitura da sentença, na colônia penal. Dessa vez, ele foi acusado de promover o terrorismo, financiar o extremismo e reabilitar o Nazismo. Durante o processo, Navalny chegou a denunciar ter sido transferido para uma "cela de castigo" na prisão.
A dura sentença é mais um passo na ofensiva do Kremlin contra qualquer tipo de dissidência política ou liberdade de expressão crítica contra o governo, escalada a níveis inéditos desde o início da invasão da Ucrânia. Em abril, Vladimir Kara-Murza, um dissidente com cidadania russa e britânica e colaborador do Washington Post, foi condenado a 25 anos de prisão por traição e por propagar informações “falsas”. Kara-Murza perdeu um recurso da decisão esta semana. (Com New York Times.)
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