Internacional
Biden reforça apoio democrata, mas enfrenta corrida acirrada contra Trump
Pesquisa do New York Times/Siena College mostra que presidente está em uma posição mais favorável do que há um ano, mas está empatado em uma possível revanche contra Donald Trump
Uma parcela maior de democratas, 26%, oexpressou entusiasmo pela ideia da vice-presidente Kamala Harris como indicada em 2024.e acordo com uma pesquisa do New York Times/Siena College publicada nesta terça-feira. O índice de aprovação do presidente vem subindo nos últimos meses, e democratas antes em dúvida agora apoiam sua candidatura à reeleição. A sondagem, no entanto, mostra que Biden está empatado com o ex-presidente Donald Trump: os dois aparecem com 43% cada em uma revanche hipotética em 2024, de acordo com a pesquisa.
A mesma sondagem, publicada um dia antes, mostrou o ex-presidente liderando a corrida pela candidatura, com 54% das intenções de voto, uma vantagem de 37 pontos percentuais contra seu principal rival republicano nas primárias, o governador da Flórida, Ron DeSantis.
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Segundo a pesquisa desta terça-feira, Biden parece ter escapado da zona de perigo político do ano passado, quando quase dois terços de seu partido queriam um candidato diferente. Agora, os democratas o aceitam como seu representante nas eleições presidenciais, mesmo que metade deles prefira outro nome.
Ainda assim, há muitos sinais de alerta para o presidente: apesar da melhora e de um ambiente nacional mais amigável, Biden continua amplamente impopular entre um público votante que é pessimista quanto ao futuro do país, e seu índice de aprovação é de apenas 39%.
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Mesmo entre republicanos, Biden cresce graças a sentimentos de medo e aversão dos eleitores em relação a Trump. Bem mais de um ano antes da eleição, 16% dos entrevistados têm opiniões desfavoráveis tanto de Biden quanto de Trump.
—Donald Trump não é um republicano, ele é um criminoso — disse John Wittman, de 42 anos, morador do Phoenix.
Republicano, ele disse que, embora acredite que a condução econômica de Biden tenha prejudicado o país, “votaráem qualquer pessoa no planeta que pareça meio capaz de fazer o trabalho, incluindo Joe Biden, em vez de Donald Trump”.
Ainda assim, cerca de 30% dos eleitores que disseram que planejavam votar em Biden em novembro de 2024 afirmam esperar que os democratas indiquem outra pessoa. Apenas 2% dos democratas se mostraram entusiasmados caso Biden seja o candidato presidencial pelo partido em 2024; outros 51% disseram que ficariam satisfeitos, mas não empolgados.
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Uma parcela maior de democratas, 26%, no entanto, mostrou entusiasmo pela ideia da vice-presidente Kamala Harris ser indicada como candidata em 2024.
Biden tinha o apoio de 64% dos democratas que planejavam participar das primárias de seu partido, um indicador de apoio fraco a um presidente em exercício. Entre os entrevistados democratas que têm histórico de votação em primárias anteriores, no entanto, o atual presidente teve uma vantagem muito maior: 74%. Ele aparece à frente por 92% a 4% entre os que votaram nas primárias democratas em 2022.
Uma visão comum em relação a Biden é ilustrada por eleitores como a aposentada Melody Marquess, 54 anos, de Tyler, no Texas. Marquess, que votou em Biden em 2020 como “o menor de dois males”, não aprovou a maneira como o democrata lidou com a pandemia, culpando-o pela inflação e pelo mercado de trabalho em baixa.
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Ainda assim, disse que votaria novamente em Biden, que tem 80 anos, em vez de Trump, que tem 77.
— Sinto muito, mas os dois, para mim, são velhos demais — disse. — Joe Biden para mim parece menos capaz mentalmente, em termos de idade. Mas Trump é simplesmente mau. Ele fez coisas horríveis.
O entusiasmo do partido em relação ao presidente começou a aumentar no ano passado, depois que a decisão da Suprema Corte derrubou Roe vs. Wade — que garantia o direito ao aborto nos EUA com base no direito da mulher à privacidade —, além de seus resultados melhores do que o esperado nas eleições de meio de mandato, e uma série de vitórias políticas do democrata. As melhorias na economia, à medida que a inflação desacelerava, também o favoreceram.
— Joe é Joe. Ele sempre manteve sua palavra. Ele fez bem para o país — disse o policial aposentado David Scoggin, 61anos, de Moulton, Alabama, que disse estar entusiasmado com a indicação de Biden no ano que vem. — Se ele tivesse um Congresso e um Senado que trabalhassem com ele, poderia fazer muito mais.
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A pesquisa é divulgada menos de seis meses antes da primeira disputa das primárias de 2024 e antes do primeiro debate televisionado que colocará os candidatos mais bem colocados e que cumpram critérios partidários, como números de doadores, frente a frente. Em uma era da política americana definida por sua volatilidade, os problemas legais de Trump — seus julgamentos ameaçam se sobrepor às primárias — representam um fator de imprevisibilidade.
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