Internacional

Nas primeiras horas de votação, comparecimento de espanhóis às urnas supera 40%

Figuras históricas da esquerda, como Gordon Brown, receiam que o resultado seja uma derrota para a democracia

Agência O Globo - 23/07/2023
Nas primeiras horas de votação, comparecimento de espanhóis às urnas supera 40%

Os espanhóis estão se mobilizando este domingo para votar nas eleições legislativas antecipadas. Nas primeiras horas após a abertura das urnas, a participação dos eleitores, até às 14h, já era de 40,48%, o que supera os 37,92% registrados no mesmo período da votação de novembro de 2019.

Esse número não leva em conta o voto por correio, que atingiu um nível histórico nessas eleições: 2,47 milhões de eleitores enviaram suas cédulas até este domingo. Esta é a primeira vez que o pleito é frealizado no meio da temporada de férias de verão no país.

O primeiro dos candidatos à presidência do Governo da Espanha a votar foi o atual mandatário, o socialista Pedro Sánchez, que pediu um comparecimento "histórico" às urnas para que delas seja eleito "um governo forte".

Ao depositar o seu voto em Madri, o líder do Partido Popular (PP, conservadores), Alberto Núñez Feijóo, afirmou que "a Espanha pode começar uma nova era".

A eleição despertou um grande interesse também da Espanha devido à possibilidade de que chegue ao poder uma aliança entre a direita e o partido ultranacionalista e ultraconservador Vox, que questiona a noção de violência de gênero, que é cético frente à mudança climática, abertamente antiaborto e que rechaça o movimento LGBTQUIA+.

Na reta final para as eleições, Sánchez recebeu o apoio de líderes estrangeiros, como Lula; o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz; e o primeiro-ministro de Portugal, António Costa. Eles assinaram um documento pedindo que o líder socialista espanhol conquiste "uma maioria de progresso". O manifesto foi assinado por outros políticos esquerdistas, como o presidente da Argentina, Alberto Fernández; a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen; a prefeita de Paris, Anne Hidalgo; o ex-primeiro-ministro do Reino Unido Gordon Brown; e a ex-presidente do Chile Michelle Bachelet.