Esportes
Entenda: por que EUA e Inglaterra são as favoritas para vencer a Copa do Mundo feminina?
Laís Malek

Nenhuma seleção de futebol feminino tem mais títulos do que os Estados Unidos. São oito medalhas de ouro — quatro em Copas do Mundo e quatro em Olimpíadas, que no feminino é disputada pela equipe principal — em quinze edições dos dois campeonatos, desde o final do século passado. As estadunidenses estreiam hoje, às 22h, contra o Vietnã e sonham com o tricampeonato consecutivo. Mas as Leoas da Inglaterra prometem fazer frente à hegemonia dos EUA e também são favoritas para o torneio.
Além dos recordes históricos, a atual seleção dos Estados Unidos conta com um elenco que mistura veteranas campeãs e jovens promissoras. Cinco jogadoras fazem parte dos elencos que venceram o Mundial em 2015, no Canadá, e em 2019, na França, e outras quatro fizeram parte do último título do torneio. Lideradas por Megan Rapinoe, melhor jogadora e artilheira na edição passada, as jogadoras ainda contam com a experiência de Alex Morgan, atual segunda melhor do mundo eleita pelo Fifa The Best; a inteligência da meia articuladora e dona da camisa 10, Lindsay Horan; e a criatividade de Rose Lavelle, que ficou com a chuteira de bronze na Copa da França e marcou o segundo gol que deu o título aos EUA na vitória de 2 a 0 contra a Holanda.
Entre as 14 novatas, há três promessas com maior destaque: aos 21 anos, Trinity Rodman já está acostumada aos holofotes, já que é filha do jogador de basquete do time histórico dos Chicago Bulls, Dennis Rodman, e já venceu um título nacional em 2021 pelo Washington Spirit. Em 2022, quem venceu a NSWL, principal liga de futebol dos EUA, foi o Portland Thorns, liderado pela artilheira Sophia Smith, de 22 anos, eleita e melhor jogadora do torneio.
E aos 18 anos, Alyssa Thompson é a caçula da equipe, mas já está acostumada a grandes responsabilidades. Ela foi a primeira escolhida no draft da NWSL, principal liga de futebol feminino dos EUA, e estreou na seleção como titular em 2022. Aos 17 anos, a jovem estrela se apresentou pela primeira vez diante dos olhares de 76.893 em um amistoso contra a Inglaterra, no estádio de Wembley, em jogo que teve o maior público de um amistoso da seleção feminina.
A vitória da Inglaterra por 2 a 1 sobre os Estados Unidos deu sequência à evolução histórica do futebol feminino da seleção. Comandadas pela treinadora holandesa Sarina Wiegman, que já havia vencido a Euro feminina em 2017, por seu país natal, a equipe fez uma campanha brilhante — e invicta — na competição continental do ano passado. Foram 22 gols marcados e apenas dois sofridos nas seis partidas disputadas, incluindo o massacre de 8 a 0 sobre a Noruega, seleção que tem um título de Copa do Mundo e uma Olimpíada.
Desde que Sarina assumiu a seleção, após ficar em quarto lugar com a Holanda em Tóquio-2020, o aproveitamento é de 85%. São 23 vitórias, um empate e cinco derrotas em 29 jogos desde setembro de 2021. No percurso, as Leoas acumulam triunfos sobre seleções importantes: além dos EUA no ano passado, venceram em Brasil na decisão da Finalíssima nos pênaltis, após empate em 1 a 1. A Alemanha também ficou para trás, na final da Euro de 2022, e a Inglaterra também goleou, em amistosos, por 5 a 1, e o Japão, por 4 a 0.
Mas a Inglaterra também chega na competição com três importantes desfalques: a melhor jogadora e artilheira da Euro feminina de 2022, Beth Mead, rompeu o ligamento cruzado anterior (LCA) do joelho direito no ano passado e foi a primeira baixa para a Copa. Juntaram-se a ela, com a mesma lesão, a meia e ex-capitã Leah Williamson, e a meia-atacante Fran Kirby, dona da camisa 10 da seleção. Assim, o setor ofesnsivo das Leoas deve ser liderado por Ella Toone, que herdou o número de Kirby e foi um dos destaques da campanha da Euro. Chloe Kelly, que marcou gol do título do torneio sobre a Alemanha, também deve manter a titularidade, enquanto Rachel Daly e Alessia Russo também dão boa dor de cabeça à Wiegman na hora de selecionar as onze ideais.
A Inglaterra está no Grupo D e estreia no sábado, às 6h30 (horário de Brasília), contra o Haiti, estreante em Copas do Mundo, em jogo que deve terminar com placar elástico. Em seguida, enfrenta a Dinamarca, no dia 28 às 7h, e encerra a participação na fase de grupos contra a China, às 8h do dia 1º de agosto.
Depois do compromisso contra o Vietnã, os Estados Unidos tem duelo marcado com a Holanda, no dia 26 às 22h, em jogo que irá determinar a liderança do Grupo E e é uma reedição da última final da Copa. A seleção americana tem seu último compromisso na primeira fase contra Portugal, em 1º de agosto, às 4h.
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