Economia

Governo revisa projeção de PIB para alta de 2,5% em 2023; previsão de inflação foi reduzida para 4,85%

No início do mês, o secretário de Política Econômica da Fazenda, Guilherme Mello, havia adiantado que a pasta anunciaria uma revisão altista entre 2,5% a 3% na perspectiva de crescimento econômico

Agência O Globo - 19/07/2023
Governo revisa projeção de PIB para alta de 2,5% em 2023; previsão de inflação foi reduzida para 4,85%
Ministério da fazenda - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Ministério da Fazenda apresentou nesta quarta-feira uma projeção de alta de 2,5% no PIB brasileiro até o fim do ano. O levantamento anterior apontava para um crescimento de 1,9%. Para o índice de preços, a projeção passou de 5,58% para 4,85% em 2023.

No início do mês, o secretário de Política Econômica da Fazenda, Guilherme Mello, havia adiantado que a pasta anunciaria uma revisão altista entre 2,5% a 3% na perspectiva de crescimento econômico no fim de 2023.

“A revisão no crescimento foi motivada, sobretudo, pelo resultado do PIB no 1T23 (primeiro trimestre), melhor do que o esperado para o setor agropecuário e para alguns subsetores de serviços e indústria, e ainda pela expectativa de menores juros até o final do ano, em função da desaceleração nas projeções de inflação”, diz o relatório divulgado na tarde desta quarta-feira.

Previsão por setores:

Para este ano, as projeções de crescimento melhoraram para três grandes setores.

Agropecuária: a projeção de crescimento no ano foi revisada de 11,0% para 13,2%;

Indústria: o crescimento esperado avançou de 0,5% para 0,8%;

Serviços: passou de 1,3% para 1,7%.

Outras estimativas:

A previsão para o IPCA em 2024 passou de 3,63% para 3,30%;

O crescimento esperado para 2024 manteve -se em 2,3%, assim como no boletim anterior.

Na coleta de junho, a projeção para o déficit primário em 2023 foi de R$ 101,75 bilhões, ante R$ 125,99 bilhões em janeiro.

O resultado do primeiro trimestre ficou acima do esperado pela Secretaria de Política Econômica (SPE), que projetava elevação de 1,2%.