Cidades

Vereadores rejeitam pedido de informações sobre instituto que terceiriza subempregos na prefeitura

DA EDITORIA DE POLÍTICA 19/07/2023
Vereadores rejeitam pedido de informações sobre instituto que terceiriza subempregos na prefeitura
Sessão da Câmara de Palmeira dos Índios e, 19 de julho de 2023 - Foto: Reprodução

Hoje pela manhã (19), foi realizada mais uma sessão da Câmara de Vereadores de Palmeira dos Índios. Foi a 3ª sessão legislativa da 19ª legislatura.

Mais uma vez a reunião dos vereadores foi marcada por debates em torno dos requerimentos que pedem prestação de contas não aprovados em sessões anteriores pelo G-9, grupo majoritário que apoia o prefeito Júlio Cezar (MDB).

Com a ausência de três vereadores (Toninho Garrote, Salomão Torres e Fábio Targino) destacou-se ainda na sessão a indicação do vereador Dindor que reiterou a pavimentação asfáltica do trecho localizado entre a BR-316 até o povoado Canafistula do Moreira, passando pelo povoado Moreira, tendo em vista ser um grande benefício para aquelas comunidades, além da construção de uma nova escola no povoado, que é um dos mais pujantes no município.

Mas o requerimento nº 070/2023, de autoria do Vereador Edinho Queiroz, Cristiano Ramos, Toninho Garrote, Cesar Tenório e Sérgio Passarinho, foi o que mais chamou a atenção.  Trata-se de solicitação ao Prefeito e a Secretaria de Gestão Pública e Patrimônio para que envie a Casa Legislativa as informações referentes a contratação do Instituto de Gestão de Políticas Públicas Sociais, o famoso IGPS, alvo de protestos no ano passado por parte dos sindicatos e servidores públicos.

Posto em votação, mais uma vez o requerimento foi derrubado pela “tropa de elite” do prefeito-imperador Júlio Cézar.

O G9, a “tropa de elite” do prefeito é formada Ana Adelaide, Dindor, Fábio Targino, Geraldo Ribeiro Jr., Madson Monteiro, Pedrinho Gaia, Maxuel Feitosa e Ivone Basílio.

A vereadora Ana Adelaide ainda tentou justificar seu voto alegando que as informações do requerimento 070/2023 constavam no Portal da Transparência, mas é público e notório que a esforçada defensora do prefeito Júlio Cezar está equivocada, pois o Portal da transparência de Palmeira dos Índios é um site de faz de contas, com informações mínimas a respeito da administração pública local.

O IGPS em abril do ano passado (2022) foi contratado pelo município, com o intuito de burlar a legislação que não permite a contratação direta de servidores a não ser por concurso público.

Contudo, após várias manifestações da sociedade civil organizada (inclusive em praça pública) e da imprensa – o prefeito voltou atrás e suspendeu a contratação do instituto. Mas foi pura balela!

A Tribuna do Sertão teve acesso a informações de que o instituto ainda atua em Palmeira dos Índios contratando prestadores de serviços para o município à sorrelfa e que inclusive alguns deles estariam recebendo menos do que um salário mínimo.

O requerimento negado pelos vereadores do G9 seria de grande valia para o esclarecimento dessas informações, garantindo assim ao povo a transparência necessária que toda gestão pública tem a obrigação de ter. 

Mas há quem diga que vereadores da base do prefeito teriam outros reais motivos, além da fidelidade política ao prefeito-imperador para negar a solicitação do G6. Cada um deles teria de 30 a 40 indicações através de contratos de prestadores de serviços no município através do instituto.

Há alguns meses o Ministério Público instaurou um procedimento para investigar casos de "rachadinhas" na Câmara.

Daí a pergunta que não quer calar: O que escondem? O que temem os vereadores e gestores de Palmeira dos Índios?

Veja abaixo a sessão de hoje (19/07)