Cidades
Em menos de um mês, morrem duas crianças na UPA; Unidade não sabe identificar causa das mortes

Em menos de um mês, duas crianças foram a óbito na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Palmeira dos Índios. Nos dois casos, os profissionais não souberam identificar o que causou a morte das crianças. O caso mais recente aconteceu com um bebê de apenas 3 meses e 15 dias, que faleceu nesta terça-feira, 27. Neste caso, os responsáveis apenas constataram a morte da criança e recomendaram que a família encaminhasse a criança para o IML de Maceió, porque em Palmeira não teriam como identificar a causa mortis.
Na capital, foram mandados de volta para Palmeira, para que procedessem os procedimentos adequados. A resposta para a família foi, então, diagnosticada como ‘causa indefinida’.
No dia 31 de maio, há menos de um mês, a bebê Maria Isis, de apenas 1 ano, morreu, após dar entrada por três vezes na UPA de Palmeira dos Índios e também sem a identificação da causa da morte da bebê.
Diante disso, se faz necessário que as autoridades no âmbito da Saúde estadual e, também, o Ministério Público, tomem à frente das apurações de ambos os casos, principalmente para evitar que que novos e lamentáveis casos envolvendo crianças voltem a acontecer na cidade.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), divulgou uma nota de esclarecimento:
“A criança foi recebida pela equipe plantonista, trazida pela mãe. No momento da admissão, foi constatado que a mesma estava em parada cardiorrespiratória, sem determinação do tempo que pode ter dado início à situação clínica. A equipe ainda realizou manobras de suporte avançado de vida em pediatria, porém sem sucesso.
Devido à criança já ter chegado na Unidade com ausência de sinais vitais, foi seguido o protocolo de envio do corpo para o IML, que emite a declaração com causa do óbito. Nestes casos, não é de competência da UPA a emissão de tal documento.
Reiteiramos que foi prestada toda assistência à criança e familiares, que receberam todos os esclarecimentos necessários quanto aos trâmites, bem como o seguimento dos protocolos clínicos, ressaltando ainda o acionamento da Secretaria Municipal de Assistência Social.
Ao ser iniciada a assistência ao paciente em questão, foi verificado o conteúdo emético (vômito) em via aérea, levantando-se como hipótese que o paciente, supostamente, haveria se engasgado ou mesmo sofrido broncoaspiração. Em virtude das circunstâncias apresentadas, entre elas a idade do paciente e o fato do mesmo já ter sido admitido neste serviço em óbito, foi seguido todo o protocolo exigido para esta situação, tendo o mesmo sido encaminhado ao IML.
Assim sendo, é de utilidade pública que fique claro que em nenhum momento faltou assistência à saúde de forma adequada, sobretudo humanizada, no caso em questão. Em nenhum momento deixou de ser seguido os protocolos preconizados, nem houve erro de conduta por parte desta Unidade, uma vez que a causa do óbito se deu por causa externa, motivo pelo qual o paciente necessitou ser transferido para os órgãos competentes para que, dessa forma, a declaração de óbito fosse realizada da forma correta e idônea.
A UPA de Palmeira dos Índios reitera o seu compromisso com a assistência e sempre estará ao lado da população, 24 horas por dia, focada em oferecer um serviço humanizado, de qualidade, sem medir esforços para que isso aconteça. Esse é e sempre será o nosso papel”.
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