Bem avaliado pelos institutos de pesquisa, o prefeito João Henrique Caldas é considerado o melhor gestor entre os prefeitos das capitais.

Com 74,1% de aprovação em seu mandato, apenas o prefeito de Salvador Bruno Reis com 68%, é o que mais se aproxima do prefeito maceioense.

Navegando em águas plácidas JHC no momento não tem adversário à altura para sua reeleição. E ele parece querer consolidar essa posição antecipadamente com a reforma administrativa que assinou, na última semana, através de Lei Delegada, criando mais 9 secretarias e 600 cargos em comissão para abrigar os aliados e aqueles que estão chegando para somar ao seu projeto de governo e político.

Sua corrida, rumo à reeleição de 2024, está se alinhavando em uma base cada vez mais estruturada, tudo em consonância com o presidente da Câmara Federal, o deputado Arthur Lira, que mostra força no Congresso, onde preside a Câmara e ganhou a simpatia de Lula.

Voltando ao cenário local, as futuras mudanças na base de sustentação do prefeito da Capital envolvem nomes de grande peso político e eleitoral.

Prova disso é a confirmação dos novos secretários a serem anunciados nos próximos dias. Deverão ser confirmados oficialmente o médico Luiz Romero Farias, indicado pelo deputado Alfredo Gaspar de Mendonça, ex- adversário de Caldas na eleição anterior, para assumir a Secretaria de Saúde; Jó Pereira (prima de Arthur Lira) comandará a Educação, enquanto Davi Filho (outro nome que concorreu com JHC) indicará o nome para comandar a Assistência Social.

Além desses figurões, JHC leva para sua “asa”, o delegado Thiago Prado, que por indicação do deputado federal Delegado Fabio Costa volta para a Secretaria Municipal de Segurança e Convívio Social. Por sua vez, o ex-vereador Zé Márcio ficará à frente da Secretaria Municipal do Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária, a Semtabes.

Nesse pacote de apoios, JHC irá, além de se aliar a recentes inimigos políticos, engrossar ainda mais o embate entre Arthur Lira e o seu desafeto, o senador Renan Calheiros.

A avaliação e o alinhamento político seriam uma espécie de xeque-mate bem antecipado no jogo de xadrez político de Maceió. Mas todo cuidado é pouco e não se deve subestimar os opositores.

Oposição se concentra na BRASKEM para ganhar fôlego

Renan Calheiros trouxe para si o protagonismo do grupo de oposição a JHC. Encampou a luta contra a Braskem e já surtiu efeitos com o bloqueio pela Justiça de R$1,08 bilhão para garantir o ressarcimento justo dos prejudicados pelo afundamento do solo nos bairros de Maceió.

Porém o velho cacique emedebista tem um dilema até o momento. Não possui um nome ‘instagramável’ para concorrer com o fenômeno da internet JHC.

Nomes como Rafael Brito e Alexandre Ayres, entre outros não empolgam a classe política e nem o eleitorado.

Seria necessário uma "celebridade" para bater de frente contra JHC. E essa ainda não apareceu.

Contudo em se tratando de Renan, tudo é possível, por que o tempo ainda é generoso. Estamos em final de abril e cada jogada no xadrez da eleição de Maceió deve ser bem pensada para não correr risco de perde o jogo. E a eleição da capital é de suma importância para o projeto eleitoral de 2026.