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Estudantes relembram processo da xilogravura em atividade prática


Trabalhos de xilogravura realizados por estudantes da Escola Municipal Sérgio Luiz, na Chã de Jaqueira. Foto: cortesia
Uma prática educativa tendo como base a xilogravura foi realizada nessa quarta-feira (8) na turma do 4º período da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI), na Escola Municipal Sérgio Luiz Pessoa Braga, localizada na Chã de Jaqueira. Os alunos participaram da atividade com o intuito de valorizar o regionalismo no qual estão inseridos e relembrar o processo de realizar a arte na literatura de cordel.
A escola atende a 313 alunos do Ensino Fundamental, do 1º ao 5º anos e o 101 do 1º segmento da EJAI, cujas turmas possuem estudantes de 15 a 60 anos.
Os alunos fizeram desenhos autorais de várias formas e assuntos. Foram representadas a vegetação árida do sertão, casas e personagens inspirados na vivência dos estudantes. embora a xilogravura seja feita em madeira talhada, as imagens foram reproduzidas utilizando o isopor como suporte.
Estudantes fazem desenhos autorais utilizando a técnica de xilogravura em sala de aula. Foto: cortesia
José Adelmo é um dos estudantes que participaram da atividade. Ele fez um poema de cordel e declamou para toda a turma. Os trabalhos foram desenvolvidos com o auxílio da própria professora Wilaminni Suzan Feijó dos Santos Sampaio e das estagiárias, Rosineide Lins e Antônia dos Santos.
A ideia surgiu durante as aulas sobre literatura de cordel e suas características com a professora Wilaminni Suzan Feijó dos Santos Sampaio. Ela contou que a atividade foi uma espécie de finalização do assunto tratado em sala de aula. Para a professora, o cordel permite trabalhar áreas do conhecimento de forma integrada e auxilia na alfabetização de jovens e adultos, além de trabalhar o gênero textual de forma prática.

Professora da escola, Wilaminni Suzan Feijó dos Santos Sampaio, levou a ideia para a sala de aula. Foto: cortesia
“Com o cordel podemos tratar do cotidiano de cada aluno, de nossa regionalidade, dando importância às memórias dos nossos alunos e demonstrando a importância com o que eles acreditam e vivenciam”, disse.
Além disso, a professora também destacou a inclusão que a atividade incentiva entre todos os estudantes.
“Procuro trazer para os nossos estudos temas importantes para eles, quando as temáticas afetam a aprendizagem ocorre de forma prazerosa e mais leve, até porque os alunos adultos já vêm à escola de um dia corrido, muitos do trabalho, de afazeres domésticos, se não se sentirem aceitos, incluídos e se não houver escuta não conseguimos alcançar esses alunos”, revelou.

Trabalho de xilogravura de um dos estudantes da turma da escola Sérgio Luiz, na Chã de Jaqueira. Foto: cortesia
A vice-diretora da escola, Maria Sandra Rodrigues, relatou que muitos alunos da turma é do interior do estado e, também por isso, a aprendizagem com a xilogravura se torna ainda mais significativa.
“É uma forma de valorizar a cultura nordestina. Muitos dos alunos vieram do interior, então há uma identificação muito grande do público da EJAI. É gratificante ver essas ações sendo desenvolvidas na escola”, afirmou.
O coordenador-geral da EJAI, da Semed, Ricardo Almeida, acredita que a iniciativa motiva o conhecimento e desperta o interesse cultural dos alunos.
“É muito importante as escolas realizarem esse tipo de ação porque é através dessa arte que consegue representar nossa cultura, nossa identidade, principalmente o Nordeste. Essa atividade também promove a questão da leitura e da escrita, como também a reflexão sobre as artes, a produção artística”, enfatizou.
Xilogravura
A xilogravura surgiu na cultura oriental. Segundo historiadores, essa arte foi criada pelos chineses e já era praticada desde o século seis. Nos séculos 18 e 19, a prática artística acabou ganhando destaque na Europa. No Brasil, a técnica da xilogravura chegou por intermédio dos portugueses. Foi a partir dessa arte que foi desenvolvida a Literatura de Cordel, que se popularizou em todo o país.
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