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Tributo a Oscar Niemeyer
Há homens que lutam por um dia, e são bons; há outros que lutam por um ano, e são melhores; há outros que lutam por toda vida – esses são imprescindíveis. Bertolt Brecht. Experimentou o exílio feito JK, melhor presidente do Brasil (1956-1961), 50 anos em cinco, inaugurando Brasília em 21.04.1960.
O Grande Arquiteto do Universo, que é Deus, permitiu longevidade ao menino Oscar Ribeiro de Almeida Soares Filho, Nascido no dia 15 de dezembro de 1907, no bairro das Cajazeiras, Zona Sul da Cidade Maravilhosa. Neto do querido-amado avô Ribeiro de Almeida, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Herdou o sobrenome do engenheiro Conrad Jacob Niemeyer, que aportou no Brasil em 1808, ano que assinala a chegada de Dom João VI na velha capital da Bahia.
Graduou-se engenheiro arquiteto na famosa Escola de Bellas Artes no ano de 1934. Estagiou no Escritório de Lúcio Costa, onde adquiriu experiência sem remuneração. Construiu 600 obras e 2000 projetos nasceram de sua prancheta. Segundo Martha Mendonça, Niemeyer foi um arquiteto genial e um homem generoso. Por viver muito e trabalhar até o fim, deixou uma obra imensa. Morreu como o brasileiro de maior projeção mundial.
Em 1942, o então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek, encomendou um conjunto para circundar a lagoa artificial da Pompolha. Que, segundo Oscar, o mais importante não é a arquitetura, mas a vida, os amigos e este mundo injusto que devemos modificar. Não abro mão do meu desejo permanente de atingir a beleza – sempre fundada na surpresa e no espanto.
Depois edificou a Casa das Canoas (Rio, 1953); Edifício Copan (São Paulo, 1966); Palácio da Alvorada, (Brasília, 1960); Sede do Partido Comunista francês, (1971), tornando-se arquiteto internacional. O Museu da Arte Contemporânea (Niterói, 1996); Museu Oscar Niemeyer (Curitiba, 2003), Museu da Arte Contemporânea de Niterói, 2007. E, finalmente, a grande Obra: Brasília, capital da Esperança, inaugurada em 21.04.1960, dedicada a professora Júlia, sua querida-estimada mãe.
Oscar Niemeyer foi divulgado na revista Época, datada de 10 de dezembro de 2012, pelos jornalistas João Gabriel de Lima, Cristiano Mascaro (fotos) e Luís Antônio Giron (texto), cuja reportagem fez justiça ao maior e melhor arquiteto da Pátria Amada Brasil verde-amarelo. E, por conseguinte, igualou-se em notoriedade a Heitor Villa-Lobos, Antônio Carlos Jobim, Pontes de Miranda, Graciliano Ramos, Guedes de Miranda.
No dia 5 de dezembro de 2012, baixou seu corpo no jazigo de concreto, perfazendo cento e quatro anos de existência profícua. Socialista convicto, ateu que acreditou na arte de embelezar o mundo. Morreu idolatrando seu avô. Dizia: Acho bonito meu avô ter morrido sem um tostão. Considero o dinheiro uma coisa sórdida.
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