Os dias de usar a conta Netflix de um amigo podem acabar em breve: como parte de uma campanha em andamento para reprimir o compartilhamento desenfreado de senhas, a gigante do streaming revelou planos para cobrar dos titulares de contas principais extras para usuários fora de suas residências.

“No ano passado, trabalhamos em maneiras de permitir que os membros que compartilham fora de casa façam isso com facilidade e segurança, além de pagar um pouco mais”, escreveu Chengyi Long, diretor de inovação de produtos da Netflix, em um post publicado nas redes sociais.

O streaming havia ignorado anteriormente o compartilhamento de contas extrafamiliares, apesar de banir a prática desenfreada (o compartilhamento entre aqueles que moram na mesma casa ainda é permitido). No entanto, eles decidiram fazer uma mudança depois de considerar que “impactou nossa capacidade de investir em ótimas novas TVs e filmes para nossos membros”.

Teste em andamento:

Atualmente, a empresa está testando um novo recurso no Chile, Peru e Costa Rica que permite aos titulares de planos Standard e Premium adicionar subcontas para até duas pessoas com quem não moram – cada uma com seu próprio perfil, recomendações personalizadas, login e senha, segundo o site.

Além disso, o programa piloto permite que os assinantes transfiram perfis de usuários para novas contas – o que, em teoria, inspiraria os aproveitadores a pagar por seus próprios planos. No entanto, muitos devotos de streaming não ficaram empolgados com a política proposta, eles consideraram apenas mais uma maneira de ganhar dinheiro.

Felizmente, Long disse que a Netflix estará “trabalhando para entender a utilidade desses dois recursos para membros nesses três países antes de fazer alterações em qualquer outro lugar do mundo”.

O teste faz parte da campanha em andamento do streaming para garantir que a receita não seja perdida à medida que o espaço de streaming se torna cada vez mais competitivo.

Perdas:

De acordo com uma análise da empresa de pesquisa Parks Associates, a pirataria e o compartilhamento de senhas custaram aos provedores de streaming US$ 9,1 bilhões somente em 2019. A empresa estima que esse número aumentará para US$ 12,5 bilhões até 2024.

Em uma política semelhante de economia de dinheiro há dois meses, a Netflix aumentou seus preços de assinatura mensal em US$ 1 a US$ 2 por mês nos EUA, dependendo do plano, para ajudá-la a pagar os custos de programação.