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Dolce far niente

Para alguns, o ditado italiano do “Doce fazer nada” pode significar legítimo céu das férias. Para outros, acostumados a labuta diária, um desconforto comportamental. Como maneira de restabelecer a energia e a saúde para a volta diligente ao trabalho, a pausa é salutar. Para os que abusam da zona de conforto, fazer nada é uma forma de desperdiçar tempo e talentos, tal como na famosa parábola. Não raro, é o medo do desconhecido, do não se conhecer que se enterram as oportunidades com as desculpas de esperar novas veredas e oportunidades grandiosas em uma mente iludida.
Todavia, como andar de bicicleta só se aprende tentando, o mesmo acontece com os talentos. Não se multiplicam as aptidões sem as práticas. É por meio do ofício e da sua repetição que se acumulam conhecimentos e experiências que possibilitam ao indivíduo adentrar em patamares superiores de realização. De fazer mais e melhor. Mas a espiral do progresso começa pequena e com tarefas simples. Por isso, quem desde cedo disciplinou a mente e o corpo para as obras bem feitas acumula mais facilmente os requisitos para as grandes conquistas. Neste sentido, toda oportunidade, em especial a do lar, é a primeira escola da disciplina e da multiplicação dos talentos. Na universidade são polidos os comportamentos e o conhecimento avança com sofisticação. Pais, primeiros mestres. Lar, primeiro educandário. Em um mundo-escola, estamos todos matriculados sob a tutela do mestre Tempo. Quem não desperdiça momentos acumula mais.
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