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Sertão, Trovoada e Pandemia
O poeta pernambucano Félix Augusto de Athayde escrevera sinteticamente: Sertão, Ser tão sem, Sem ser tão, Tão sem ser. Euclides da Cunha eloquentemente: Sertanejo é, acima de tudo, um forte. Pela rigidez da região, pela fragilidade da flora/fauna, pela escassez da chuva para molhar as flores da plantação.
Pois bem, o santanense-escritor, Djalma de Melo Carvalho, sócio efetivo da vetusta Associação Alagoana de Imprensa (AAI), funcionário emérito da Universidade Banco do Brasil, traz à lume seu 14º livro intitulado acima recheado de causos, casos, histórias, rumos de conversas, pelejas de vida, no âmbito de sua genialidade que aflora constantemente no uso do vernáculo herdado de Camões, Fernando Pessoa (1888-1935), Eça de Queiroz e Olavo Bilac.
A bem da verdade, um telúrico urbanizado na bela capital, feitor de amigos, apaixonado pela terra-mãe que o viu nascer – fazer o que gosta de fazer. Enfim, um homem educado na peleja da vida, credenciado nos seus escritos conservadores no âmbito de suas raízes interioranas.
No meu sítio Cavaco, na minha desenfreada adolescência, à procura de canários para prendê-los feito gente na prisão no dizer do saudoso cantor Wando. A minha modesta pessoa, escrevi menos da metade de suas obras. Felicito-o pela grandeza de seu caráter, transferindo a renda de seu livro virtual em prol do Clube de Serviços Lions, capitaneada pela sua dedicada consorte Rosineide Lima Lins Costa. Aliás, acompanha-o nas suas andanças internacionais intermináveis.
Num quarto de página da orelha de seu novel livro, Djalma de Melo Carvalho, no uso de sua generosidade de sertanejo, oportunizou-me a tecer um pouco sobre sua produção intelectual. Virtude de um homem pelejado na arte da escrita. Isto é, no alvorecer do ano novo fui surpreendido com essa agradabilíssima gentileza.
Ei-lo no linguajar do cotidiano, desfilar na corredeira da vida sobre – Sertão, Trovoada, e Pandemia – que, por sua vez ceifou as vidas de meu amado filhão Francis Lawrence Morais da Veiga, bem como a do meu irmão sanguíneo economista Cícero Veiga da Rocha, radicado no berço de Fausto Cardoso.
Somos cronistas Djalma, a cada título seu vê-se o aparato do linguajar que usa para encantar sua verve. Imito-o a fazer comentários sobre literatura moderna de escritores da estirpe de Pablo Neruda, João Guimarães Rosas, Graciliano Ramos, Ruy Barbosa, o Águia de Haia, Dr. Arnaldo Camelo, Dr. Ivan Barros e o meu primo o médico-escritor Judá Fernandes de Lima, radicado na próspera Arapiraca.
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