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Superação como alicerce da vida
Bem no meio do espocar de fogos de artifícios celebrando a chegada do novo ano, uma pessoa bem próxima a mim demonstrou alegria pelo término de 2021, segundo ele, uma era de dificuldades e incertezas em todos os níveis. E foi neste instante, mesmo encantado com as luzes das ruas imitando a beleza das estrelas, praticamente anestesiado com a animação de muitos, concluí vivermos nos dias atuais momento, onde os valores éticos e morais parecem cada vez mais inviáveis de serem postos em pratica, a tal ponto de vermos o romantismo ceder espaço para a banalização e o respeito ser trocado pelo interesse pontual.
Ainda em minha juventude, ao ler Nietzsche aprendi que de tempos em tempos, os homens precisam queimar em suas próprias chamas para daí então renascer das cinzas, fato que constantemente me leva a aceitar ser a confiança um dos alimentos da alma, e o amanhã além de promissor, repleto de vida.
Mesmo tendo as palavras ouvidas momentos antes ainda a reverberar em minha consciência, relembrei de outra leitura descrevendo um dialogo marcante para mim: “uma criança certa feita aproximou-se de seu professor e questionou qual o tamanho do universo! Olhando nos olhos do aluno, o mestre respondeu ter o cosmo o tamanho do seu mundo… perturbado, o jovenzinho argüiu mais uma vez, qual a dimensão do seu mundo? A resposta foi rápida – tem a grandeza dos seus sonhos”. Este é um dos motivos para acreditar muito em 2022, porque a esperança não morre nem cansa e está sempre a flutuar nas asas da imaginação de cada um
Assim sendo, não hesito em sonhar sempre, sabendo ser necessário diariamente construir alicerce suficientemente solido aonde os mesmos um dia venham a ser apoiados. Dentre as muitas estacas de sustentação utilizadas, elegi a resiliência como prática de vida. E tal fato ocorreu após ficar sabedor da história de tenacidade em busca da sobrevivência de uma arvore por mim visitada já algumas vezes.
Por céus e mares viajei… Visitei castelos, obras de artes, entrei em casinhas de taipa no sertão nordestino, percorri os cinco mares e todos os continentes, vi um rei, uma rainha e três papas, baleias e até o trono de Zeus…, mas um dos encantos maiores considerados é o pé de Pereiro que no fatídico 11 de setembro de 2001, estava a enfeitar os jardins das torres gêmeas em Nova York, exterminadas em ataque suicida praticado por loucos dogmáticos. Toda a existência no entorno do quarteirão, foi destruída, queimada, literalmente transformada em escombros e cinzas. Milhares de pessoas morreram…, mas a arvore sobreviveu e hoje continua no mesmo local de outrora, e o mais importante, as suas flores brancas oferecem um eterno toque de primavera ao mundo de concreto ali reconstruído.
Já respiramos ares de um novo tempo. Ano de copa do mundo, eleições, vitorias, conquistas, mudanças, enfim, de lidar com problemas e transpor obstáculos quando necessário…Exultemos pois para vivermos conscientes, de que ao exercermos a superação teremos a capacidade de construirmos positivamente, mesmo frente as adversidades, sempre consciente de que tudo vai dar certo.
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