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Uma nova academia

07/12/2021
Uma nova academia

Estamos vivendo novos tempos na educação brasileira. Quem poderia supor, há dois anos, que a nossa geração teria que utilizar os mecanismos da Internet 5G, muito mais veloz, e que o hibridismo seria uma realidade presente, deixando de ser apenas  um sonho de ousados educadores.

Volto os olhos para os idos de 1988 e lembro das discussões no Edifício Manchete entre Adolpho Bloch, Austregésilo de Athayde e Josué Montello, quando nasceu a idéia de publicar o Dicionário de Língua Portuguesa elaborado por Antenor Nascente, que tive a honra de conhecer no convívio entre os professores da Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras de então UDF.

Nesse trabalho, o verbete “Academia” significava uma corporação de sábios; instituto literário, científico ou artístico; escola onde se ensinam diversas ciências ou artes; escola superior; reunião de acadêmicos; ou escola filosófica de Platão na Antiguidade; em 387 a.C. ou região ajardinada de Atenas, consagrada ao herói grego Akademos, onde Platão dava suas lições de Filosofia.

Daí nasceram diversas Academias, como a Academia Brasileira de Letras (Casa de Machado de Assis) e a Academia Brasileira de Cultura(ABC), nascida em 1º /12/21, sendo seu primeiro presidente o professor Carlos Alberto Serpa de Oliveira, com 50 membros.

Pode-se lembrar que acadiano é o natural ou habitante da Mesopotâmia central antes de 2.000 a.C. Antiga língua semítica falada pelos acadianos. Os acádios constituíam um povo semita que habitava a Mesopotâmia entre de 3.000 e 1.000 a.C. É uma língua  atualmente extinta, com vasta literatura em escrita cuneiforme, e que se tornou expressão franca do Oriente Próximo por volta de 2.000 a.C.

Como se pode verificar, o termo academia enseja uma grande riqueza de interpretações, do ponto de vista cultural, e isso hoje se representa nas entidades que estão vivas em países distintos, espalhados por diversas regiões do mundo.