Alagoas
111 anos do Teatro Deodoro: fim de semana terá Virada Cultural Preta, Prêmio Mestre Zumba e show com divas alagoanas

A festa que celebra os 111 anos do Teatro Deodoro, realizada pela Diretoria de Teatros do Estado de Alagoas (DIteal) e o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), segue neste fim de semana com atividades na Praça Deodoro e no Complexo Cultural.
No sábado, segue, em seu segundo dia, a “I Virada Cultural Preta Grito dos Palmares”, das 9h às 20h, com apresentações de grupos afropercussivos, dança, literatura, palestras, roda de copeira, hip-hop, exposições de artes visuais, artesanato, gastronomia e performances com diversas linguagens culturais centradas no protagonismo preto.
Às 19h, no palco, acontece a primeira edição do Prêmio Mestre Zumba de Fomento à Cultura Preta, com destaque a personalidades negras que contribuem na luta contra o racismo e em favor da inclusão racial, homenageando, este ano, cerca de 15 pessoas e instituições.
A apresentação musical fica com a Orquestra de Tambores de Alagoas e convidados. A entrada é gratuita e os ingressos podem ser reservados antecipadamente pelo link: https://www.sympla.com.br/evento/premio-mestre-zumba-de-fomento-a-cultura-negra-alagoana/1410634 .
“A ideia do prêmio é colocar essas personalidades no lugar onde elas merecem estar, porque são pessoas que contribuem com o desenvolvimento não só da cultura afro brasileira em Alagoas, mas com a própria cultura alagoana de uma forma em geral. Conheço algumas pessoas dessas que serão homenageadas, como o mestre Uruba da música, que dedicou a vida inteira em prol da música, formou muitas pessoas”, informa o músico Wilson Santos, um dos organizadores do evento.
Ele complementa: “Só o fato do camarada ser negro e ascender dentro de uma sociedade que a gente compreende como não igualitária, e ainda doar essa ascenção para as pessoas que estão do seu lado, já é um ato heróico gigantesco, que precisa ser reconhecido e premiado. Então, o Prêmio Mestre Zumba é uma homenagem ao grande artista plástico de Santa Luzia do Norte, que é negro, seu centenário foi o ano passado e não tivemos a oportunidade de comemorar por conta da pandemia mas, esse ano a gente comemora”.
Segundo Wilson, tanto artistas, como, jornalistas, empresários e pessoas que colaboram serão homenageadas. “Uma coisa engraçada nós percebemos é que colaborar com a cultura afro, com a cultura popular, não é somente estar no palco cantando, porque têm pessoas que a própria existência, sendo negro numa sociedade como essa já é um ato de resistência que merece ser premiado, pelo fato de ser preto, de estar vivendo, desbravando. Portanto, são pessoas que servem para nós como exemplo de vida e que vão ficar para as próximas gerações, que mesmo que não estejam no palco, são pessoas merecedoras e a gente vai fazer com muito orgulho e muita consciência de que é possível colocar o povo preto no lugar que eles merecem estar”, finaliza.
Encerrando as festividades que tiveram início na segunda-feira (15) dia do aniversário da casa, no domingo (21), será realizado o show O Tempo não Destrói os Talentos… Aperfeiçoa!, com Wilma Miranda, Leureny Barbosa, Selma Britto e dona Jandira.
O show faz uma homenagem às artistas veteranas, que tanto fizeram pela música alagoana, representadas aqui, por Wilma Miranda e Leureny Barbosa, com a participação especial de dona Jandira que conta com uma história muito peculiar. Hoje, radicada em Belo Horizonte, vem especialmente participar do show, sua primeira apresentação em palcos alagoanos depois de uma carreira consagrada Brasil afora.
A entrada custa R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia). Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do teatro e pelo link: https://www.sympla.com.br/o-tempo-nao-destroi-os-talentosaperfeicoa__1413482 .
“É sempre uma particularidade, um prazer diferenciado estar no palco do Teatro Deodoro, mas esse ano em especial, nos 111 anos de fundação. A gente traz muito mais emoção e se coloca numa particularidade muito maior porque estamos no projeto “O tempo não destrói talentos… aperfeiçoa!” que é um respeito à essas veteranas, divas da música alagoana”, destaca a produtora Weldja Miranda.
Weldja conta ainda que esse projeto já passou por outros estados e está sendo finalizado no palco oficial do estado. Ela fala ainda que é uma honra estar com as cantoras Leureny Barbosa, Wilma Miranda, a pianista Selma Brito, uma mulher que tem uma história fantástica na cultura, e conseguir trazer depois de tantos anos, uma alagoana como Dona Jandira, cantora de Blues, Jazz e Bossa Nova para se apresentar pela primeira vez em Alagoas.
“Para nós, é uma honra recebê-la e dedicar todo esse palco para uma mulher alagoana, aos 82 anos de idade, que isso sirva de estímulo para as instituições culturais, para os produtores, porque o tempo não destrói talentos e a arte não tem idade”, finaliza Weldja.
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