Brasil
Brasileira é classificada em prêmio para melhores alunos do mundo
A estudante brasileira Ana Julia Monteiro de Carvalho, de 18 anos, está entre os dez finalistas do Global Student Prize 2021, da Fundação Varkey em parceria com a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura). O vencedor será conhecido no dia 10 de novembro e levará um prêmio de US$ 100 mil.
O prêmio está em sua primeira edição e acontece junto com o Global Teacher Prize, conhecido como Nobel da Educação. O Brasil não terá representantes entre os dez finalistas, mas marcou presença entre os 50 selecionados — o educador Greiton Toledo foi escolhido com um projeto em que os alunos criam jogos e atividades para o tratamento do mal de Parkinson.
Para Ana Julia, estar entre os dez melhores alunos do mundo já é motivo de comemoração. “Não esperava nem estar entre os 50”, relembra. Moradora de Maceió, em Alagoas, a finalista é aluna da Escola Industrial de Educação Básica do SESI Abelardo Lopes. Para chegar à final do prêmio, passou por mais de 3.500 indicações e candidaturas de 94 países.
Coleção de vitórias
A jovem coleciona medalhas de competições de robótica e projetos científicos. Já com 13 anos, ela foi cofundadora da primeira equipe de competição robótica da escola. “A classificatória regional de um dos campeonatos foi no Sul, e nós fomos vestidos de cangaceiros científicos como um ato contra a xenofobia. Ganhamos o regional e uma das categoria na etapa internacional”, conta a estudante.
A vitória inspirou outros alunos da sua escola. No ano seguinte, de 20 estudantes inscritos, 300 manifestaram interesse na competição.
Entre seus projetos, está a criação do Aerador Sustentável, um mecanismo para aumentar a produção de leite em áreas de subsistência, oxigenando a água do gado com energia eólica. “Gosto de encontrar soluções para problemas que a comunidade enfrenta. Sabe aquilo que ninguém encontra uma resposta? Então, eu gosto de resolver”, conta ao UOL.
Olhar para o futuro
Caso ganhe o prêmio, Ana afirma que pretende manter os pés no chão. “Quero investir uma parte para estudar no exterior e também quero construir alguma organização, onde eu possa ajudar outros jovens a desenvolverem seus projetos e até mesmo desenvolver as habilidades deles”, explica.
“Parabéns a Ana Julia por chegar aos dez finalistas. Sua história destaca claramente a importância da educação para enfrentar os grandes desafios que temos pela frente – das mudanças climáticas à crescente desigualdade e às pandemias globais.” Sunny Varkey, fundador da Fundação Varkey.
Os outros dez finalistas são Amisa Rashid do Quênia, Elliott Lancaster do Reino Unido, Jeremiah Thoronka de Serra Leoa, Kehkashan Basu do Canadá, Lamya Butt dos Emirados Árabes Unidos, Matine Khalighi dos EUA, Mirko Cazzato da Itália, Oluwadamilola Akintewe da Nigéria e Seema Kumari da Índia. Entre os 50 selecionados, o Brasil teve outros dois representantes além de Ana, os alunos Alex Santiago e Anna Carolina Silva.
O prêmio foi aberto para alunos do mundo inteiro com mais de 16 anos e matriculados em uma instituição acadêmica ou algum programa de treinamento e habilidades.
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