Alagoas
Secult lança chamamento público para realização do Mês da Consciência Negra
O Governo do Estado de Alagoas, através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), lançou, no Diário Oficial desta quarta-feira (29), um chamamento público para a seleção de organização para realização do Mês da Consciência Negra 2021, em Alagoas. O edital visa promover o fomento e a difusão da cultura afro-brasileira em Alagoas, incentivar a valorização dessas tradições e repassar de forma democrática os recursos alocados para apoio às festividades alusivas ao mês de novembro.
Poderão participar deste chamamento público organizações da sociedade civil, sem fins lucrativos, que tenham finalidade cultural. Será selecionada uma única proposta, observada a ordem de classificação e a disponibilidade orçamentária para a celebração do termo de colaboração.
Os interessados deverão entregar as propostas até o dia 29 de outubro, presencialmente, de segunda a sexta-feira, das 10 h às 14h, na sede da Secretaria de Estado da Cultura, localizada na Praça Marechal Floriano Peixoto, centro de Maceió, ou via postal (SEDEX ou carta registrada com aviso de recebimento).
A relação de documentação necessária e o edital completo está disponível no site https://bit.ly/ChamadaConcienciaNegraAL2021.
Mês da Consciência Negra
Novembro é considerado o Mês da Consciência Negra. Desde 1978, o movimento social instituiu o 20 de novembro como Dia Nacional da Consciência Negra, em homenagem ao líder negro Zumbi dos Palmares. O Governo do Brasil instituiu oficialmente a data em Novembro de 2012, reconhecendo Zumbi como herói nacional.
“A criação de um dia comemorativo da Consciência Negra é uma forma de lembrar a importância de valorizar um povo que contribuiu para o desenvolvimento da cultura brasileira, buscando conscientizar a população para a importância desse povo na formação social, histórica e cultural de nosso país”, disse a secretária de Estado da Cultura em exercício, Rosiane Rodrigues.
A Celebração tem grande importância para Alagoas, pelo fato da Serra da Barriga, no município de União dos Palmares, ser situada no Estado. Foi para as matas fechadas da Serra, que milhares de negros escravizados rebelados fugiram durante o período de dominação portuguesa e holandesa. Lá viveram mais de 20 mil pessoas, entre 1597 a 1695. O quilombo dos Palmares foi o maior, mais duradouro e mais organizado quilombo já implantado nas Américas.
Hoje existem em Alagoas mais de 65 povoados/comunidades quilombolas. As comunidades quilombolas são grupos étnicos, predominantemente constituídos pela população negra rural ou urbana, que se autodefinem a partir das relações com a terra, o parentesco, o território, a ancestralidade, as tradições e práticas culturais próprias.
O Governo de Alagoas, através da Secult, apoia e coordena uma série de atividades culturais envolvendo parceiros de várias cidades alagoanas, em especial a cidade de União dos Palmares, local onde existiu a República de Palmares, liderada por Zumbi, além de diversos apoios às instituições ligadas ao movimento cultural negro em Alagoas.
Mais lidas
-
1PALMEIRA DOS ÍNDIOS
R$43 milhões na Prefeitura e R$ 765 mil na Câmara em janeiro: Cadê a Transparência?
-
2AÇÃO INTEGRADA
Mais de 20 pessoas são presas em operação contra organização criminosa
-
3USINA DE VOTOS
Em Palmeira dos Índios, mais da metade da população depende do Bolsa Família e há temor de uso eleitoreiro para 2026, com ex-imperador na disputa
-
4DISCRIMINAÇÃO
Professor Cosme Rogério expõe racismo estrutural no PT de Palmeira dos Índios
-
5PALMEIRA DOS ÍNDIOS
No governo Luísa Duarte, PT fica em segundo plano e maior fatia da assistência social segue sob controle de aliados de Julio Cezar