Alagoas
Software de dados ajuda a entender expansão da covid-19 na Amazônia


Foto: Unsplash
Liderada pelo professor Humberto Barbosa, do Instituto de Ciências Atmosféricas (Icat) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), a pesquisa que busca avaliar a influência de fatores climáticos e ambientais na transmissão da covid-19 na Amazônia brasileira, a partir de modelos computacionais, deu origem a um programa de computador que já conquistou o certificado de depósito no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
Nomeado de Monitor Covid Amazonas, o programa foi feito durante o primeiro semestre do ano de 2021 e está no contexto do edital Capes Epidemias [para saber mais, acesse aqui]. De acordo com o pesquisador, a tecnologia do software foi implementada por pesquisadores e estudantes da área de Computação do Núcleo de Tecnologias Estratégicas em Saúde da Universidade Estadual da Paraíba, que é titular do programa junto com a Ufal. “O registro [no INPI] garante a proteção da ideia. Por ser uma plataforma inovadora e em constante desenvolvimento, permite se posicionar para oportunidades futuras”, afirmou.
O docente explica que o programa coleta dados de diversas fontes que impactam a evolução da pandemia no Amazonas. “São dados climatológicos, de pacientes, de restrições sociais, entre outros. Ele apresenta painéis e possibilidades para ciência de dados e pesquisadores com o objetivo de desenvolver pesquisas que busquem entender o curso da doença no estado do Amazonas e os desfechos presentes nesse contexto”, esclareceu.
Barbosa acrescenta que o Monitor Covid auxilia o entendimento por meio de variáveis como incidência de casos, mortalidade, taxa de internação e que “o próximo passo do projeto é construir modelos matemáticos para gerar as possíveis análises de relação entre influências climáticas e a doença”.
Mais sobre a pesquisa
O estudo do pesquisador, que tem como título a Influência do clima na sazonalidade do novo coronavírus e outros patógenos, a partir de modelos matemáticos, para combate a doenças na Amazônia brasileira, foi submetida ao edital 12/2020 que selecionou pesquisas na área de Telemedicina e Análise de Dados Médicos. O programa da Capes também escolheu projetos sobre Epidemias (edital 9/2020) e Fármacos e Imunologia (11/2020).
“Entende-se que muitas doenças infecciosas apresentam características sazonais em sua incidência, e, apesar de grandes esforços de centros de pesquisas para elucidar as questões inerentes à doença, ainda existem diversas lacunas na literatura que busca entender, por exemplo, a possível relação entre a incidência dos casos causados pelo Sars-CoV-2 e suas flutuações sazonais significativas nas regiões temperadas do mundo, e menos sazonalidade nas áreas tropicais”, justificou Humberto Barbosa.
E afirmou: “Embora tenham sido levantados possíveis mecanismos propostos para explicar a variação sazonal, nosso entendimento atual desta sazonalidade ainda está incompleto”.
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