Política
PSOL pede à PGR investigação sobre suposta ‘rachadinha’ de Bolsonaro

A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados enviou uma representação à Procuradoria-Geral da República nesta segunda-feira, 5, pedindo investigação sobre o suposto envolvimento do presidente Jair Bolsonaro em um esquema de ‘rachadinha’ enquanto era deputado federal. A representação pede que as apurações considerem possíveis crimes de improbidade administrativa, peculato, prevaricação, corrupção e lavagem de dinheiro.
A representação tem como base áudios revelados pelo portal UOL em que a ex-cunhada do presidente, Andrea Siqueira Valle, diz que Bolsonaro, então deputado, exonerou seu irmão, André Siqueira Valle, de um cargo de confiança na Câmara, porque ele teria se recusado a entregar ao parlamentar parte de seu salário, como combinado em troca da nomeação.
Enquanto o pedido de investigação foi enviado à PGR, parlamentares oposicionistas da CPI da Covid reagiram às suspeitas que recaem sobre o presidente. O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) disse que vai apresentar pedido de abertura da CPI da Rachadinha. O PSOL diz que já protocolou, em março, um requerimento de CPI para apurar as denúncias de ‘rachadinha’ envolvendo a família Bolsonaro e que agora vai reforçar a coleta de assinaturas.
“As matérias e gravações implicam o presidente Jair Bolsonaro diretamente no esquema de corrupção das rachadinhas. Bolsonaro, e toda a sua família, está envolvido em uma miríade de crimes. É indisfarçável a participação do Presidente da República nos atos ilícitos, de forma que é fundamental que os poderes constituídos tomem as providencias cabíveis para investigar os responsáveis e não assistam inertes os permanentes e reiterados crimes contra a administração pública”, diz o PSOL na representação enviada à PGR.
Em nota, a defesa de Flávio Bolsonaro classificou as gravações como clandestinas. De acordo com a reportagem do UOL, os áudios estariam nos autos da investigação do Ministério Público. “Gravações clandestinas, feitas sem autorização da Justiça e nas quais é impossível identificar os interlocutores não é (sic) um expediente compatível com democracias saudáveis. A defesa, portanto, fica impedida de comentar o conteúdo desse suposto áudio apresentado pela reportagem.”
Copyright © 2021 Estadão Conteúdo. Todos os direitos reservados.
Mais lidas
-
1MÚSICA
Edson e Hudson lançam álbum com clássicos sertanejos
-
2SAÚDE DE PALMEIRA
Acompanhantes denunciam falta de estrutura e problemas na UPA de Palmeira dos Índios
-
3AUTOMOBILISMO
Prova sprint caótica da Fórmula 2 atrasa início da classificação da F-1
-
4HISTÓRIA
A saga de Lampião e Maria Bonita, 83 anos após a chacina de Angicos
-
5OBITUÁRIO
Gloria Vaquer, ex-mulher de Raul Seixas, morre nos Estados Unidos